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Pará registra quatro casos de H1N1 neste ano
01/04/2016 09:58 em Notícias

Infectologista diz que surto no Norte pode se concentrar em abril e maio

 

Trinta e sete casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram notificados no Pará em 2016, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Quatro foram confirmados como influenza A (H1N1), um deu positivo para influenza A sazonal e três para metapneumovirus humano. Dos outros 29 casos, 21 tiveram resultado laboratorial negativo e oito aguardam resultado. 

No ano anterior, os casos notificados de SRAG, no Estado, chegaram a 186, dos quais 12 foram ocasionados por H1N1. No mesmo ano, foram registrados 19 óbitos, tendo como causa básica a síndrome e somente um por H1N1. Belém foi a cidade paraense que concentrou o maior número de casos de SRAG: 29 casos, sendo quatro confirmados para H1N1 e 2 de metapneumovírus. Um óbito por H1N1 foi registrado na capital e teve como vítima uma criança de dois anos, tendo como fatores de risco doenças neurológicas crônicas e a ausência da vacina contra a gripe. 

Este ano a doença volta a preocupar o Brasil por ter chegado mais cedo e já ter feito mais vítimas nos primeiros três meses que em todo o ano de 2015. Na opinião de especialistas, os riscos continuam. Devido ao período das chuvas, o infectologista e imunoalergologista Newton Bellesi explica que o primeiro semestre do ano é a estação preferida para a gripe chegar no Norte e Nordeste do País. Ele destaca, ainda, que o surto nessas regiões poderá se concentrar em abril e maio. 

“Normalmente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, a estação da gripe coincide com o período mais frio, entre os meses de maio e agosto, e, inexplicavelmente, já fez tantas vítimas. Já nas regiões Norte e Nordeste o primeiro semestre do ano é a estação preferida para a gripe estar por aqui. Todavia, em 2016 a circulação do vírus tem sido menor, exceto nas últimas semanas, quando começam a surgir mais casos, alguns graves. Acredita-se que o surto deste ano se concentre nos próximos meses de abril e maio, com casos originários no Sul e Sudeste”, informa o médico.

 

 

Diante da possibilidade, é importante que a pessoa saiba diferenciar o resfriado da gripe, os quais apresentam sintomas que ainda confundem a cabeça de muita gente. “O resfriado é mais localizado nas vias aéreas superiores: nariz, ouvido e garganta. A pessoa fica com rouquidão, espirra, tem coriza, dor no ouvido, febre não acentuada e pode ficar na cama. Já a gripe, além dessas manifestações, a pessoa sente dor no corpo todo, cansaço fácil, náuseas, diarreia, tudo causado pela infecção viral chamada gripe, causada pela Influenza”, esclarece o infectologista. Ele diz que, para combater a doença, o ideal é a vacinação a cada seis meses. 

Para este ano, o Ministério da Saúde programou a campanha de vacinação no período de 30 de abril a 20 de maio, com doses da vacina tríplice, que protege contra os vírus Influenza B, Influenza A/H3N2 e A/H1N1, para gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, que têm mais risco de adoecer. Adotar alguns hábitos de higiene também aajudam a prevenir, mas o médico frisa que a melhor saída é a vacinação. 

“Quanto maior o número de pessoas vacinadas em uma família, escola, ou trabalho, menor a circulação do vírus”, acrescenta o médico. “Além disso, a pessoa imunizada não hospeda e não transmite o agente de infecção e de doenças correspondentes, protegendo indiretamente os não imunizados”. Ele disse, ainda, que uma clínica particular já começou a oferecer, em Belém, a vacina quadrivalente, que protege contra AH1N1, AH3N2 e dois tipos da Influenza B, indicada para pessoas de todas as idades, a partir dos seis meses. 

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