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É tensa situação na área da fazenda Cedro, em Marabá
22/04/2016 10:56 em Notícias

É tensa situação na área da fazenda Cedro, em Marabá, sudeste paraense. Em menos de 24 horas foram registrados dois tiroteios entre ocupantes de um acampamento Helenira Rezende dos trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra (MST) e os seguranças particulares da propriedade, localizada a cerca de 60 quilômetros da área urbana de Marabá.

 

Na tarde de quinta-feira (22), uma guarnição da Polícia Militar sofreu uma emboscada ao ir ao local atender a uma ocorrência. Houve nova troca de tiros, desta vez entre invasores da Cedro e os PMs. Na incursão da polícia duas motocicletas foram apreendidas. Ninguém chegou a ser preso. Após a ação a rodovia que corta a fazenda foi interditada pelos integrantes do MST, que ocupam o local.

Dias antes, na madrugada de terça-feira (19), um grupo de aproximadamente 50 pessoas armadas invadiu a fazenda e destruiu as dependências do retiro Fortaleza/Rio Pardo. Foram queimadas quatro casas dos trabalhadores, os seguranças particulares tentaram conter a invasão, mas diante do grande número de pessoas não conseguiram preservar a propriedade.

O secretário-adjunto de Segurança Pública do Pará, coronel Hilton de Souza, informou que o batalhão da Polícia Militar em Marabá continua de prontidão para atender ocorrências na área. 'Continuaremos com as operações que fazemos, sobretudo para tirar de circulação as armas de fogo de posse destas pessoas e vamos abrir um inquérito para apurar o caso', informou.

 

 

Na segunda-feira (18), a Segup divulgou imagens de um atentado ocorrido no domingo (17). Uma aeronave que seguia para Araguatins (TO), pousou na fazenda devido ao mau tempo em Marabá. O avião chegou a ficar sob a guarda dos vigilantes da propriedade. Ao retornarem para o avião os tripulantes constataram perfurações de arma de fogo e marcas de incêndio no interior da aeronave.

Parte da fazenda Cedro está ocupada pelo MST desde 2008. A Agro SB, dona da propriedade, acusa o movimento de já ter roubado e matado mais de 5 mil cabeças de gado do local, além de ter promovido conflitos com uso de arma de fogo, roubo de equipamentos e destruição de moradias dos funcionários e da sede da fazenda. A empresa conseguiu liminar de reintegração de posse expedida pela justiça paraense em 2009.

 

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