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Marajó concentra casos de malária no Estado do Pará
21/02/2018 08:05 em Notícias

 

                                       Dos sete municípios com 86% dos casos da doença, cinco estão no arquipélago.

 

Os casos de malária no Pará estão concentrados, principalmente, na região do Marajó. No ano passado, o Estado registrou 36.736 pessoas com a doença e 86% dessas ocorrências estão concentradas em apenas sete municípios do interior do Estado, sendo cinco no arquipélago do Marajó - Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista, Bagre e Portel (os outros dois são Oeiras do Pará e Cametá). O diretor de Endemia da Secretaria de Saúde do estado do Pará, Bernardo da Silva Cardoso, diz que o principal problema para coibir a doença é a falta de comprometimento dos municípios.

Até 2010, o Pará registrava mais de 200 mil casos da doença e desde 2013 não há registro de mortes. O médico e diretor de endemia da Sespa explica que com o passar dos anos o número de casos foi reduzindo em virtude do trabalho de campo que a secretária vem fazendo. Ele fez questão de falar que o Estado não trabalha com campanhas e sim com ações frequentes.

“Nós não trabalhamos com campanha, trabalhamos todos os dias, principalmente, nos municípios com maior infestação”, afirma Bernardo Cardoso. Ele diz que a meta do estado é alcançar registro zero da doença. “A gente não quer reduzir a doença, queremos exterminar”, acrescenta o diretor de endemia.

Mas, para isso, ele diz que é necessário que os municípios tenham responsabilidade com suas ações, uma vez que recebem verbas para essa finalidade. O governo hoje é um consultor dos municípios, que trabalha com orientações e demais suportes. “O Estado não tem contingente para fazer o trabalho em todos os municípios. Por isso, o trabalho de campo deve ser feito pelo município, já que ele recebe por isso, mas infelizmente isso não ocorre”, critica Cardoso.

Geralmente, a doença afeta as pessoas que estão na zona ribeirinha ou de mata. Diante disso, o estado envia uma equipe em campo para coletar sangue e fazer o exame. Após o resultado, as pessoas infectadas recebem atendimento médico. Bernardo Cardoso afirma que a principal forma de se prevenir do mosquito é o uso de mosqueteiro e descarta o uso de repelentes.

“Não existe mecanismo melhor para acabar com a malária que o uso de mosquiteiro”, afirma o diretor de endemia da Sespa. E com relação ao índice de casos nesse período do ano, ele diz que é comum aumentar em decorrência do aumento da quantidade de mosquitos. A malária é uma doença infecciosa não contagiosa transmitida pelo mosquito Anopheles, que vem com uma tríade de sintomas: dor de cabeça, febre e calafrios.

 

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