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2º TURNO: A influência do fake news, memes e Whatsapp
15/10/2018 23:20 em Notícias

 

O professor da FGV, Arthur Igreja, fez uma análise sobre o quanto as redes sociais impactaram no resultado do primeiro turno das eleições 2018 no Brasil. Segundo ele, as fake news, memes e campanhas não autorizadas disseminadas, principalmente, pelo Whatsapp, podem ser consideradas o fator determinante que influenciou diretamente no resultado.

"Essa é a eleição mais digitalizada da história do Brasil. Na última, o debate aconteceu muito no Facebook. Hoje, temos várias outras mídias que acabaram se popularizando. Desde 2014, o Whatsapp ganhou uma importância gigantesca e o Twitter se tornou ainda maior.

As redes sociais influenciaram fortemente o voto dos eleitores", explica. De acordo com ele, a Justiça Eleitoral, bem como Facebook, Twitter e Instagram estão se mobilizando para controlar as fake news. Porém, no Whatsapp isso é praticamente impossível.

Segundo o especialista, as redes sociais colaboram tanto na desconstrução de um candidato bem como para a fixação de um nome, pois o fluxo de notícias falsas é muito expressivo. "Estudos apontam que o ser humano acaba prestando mais atenção nas fake news, pois elas foram estruturadas para causar o efeito manada e uma divulgação desenfreada, gerando uma bolha de opinião muitas vezes sem nenhuma consistência", completa.

No Twitter, cerca de 40% dos perfis que seguem os dois candidatos que disputarão o segundo turno à presidência são falsos. Além disso, de todo o tráfego da internet, mais de 65% é operacionalizado por meio de bots (robôs).

De acordo com o prof. Arthur Igreja, o Whatsapp é, além de mais usado, a ferramenta mais eficaz para espalhar notícias sobre política, com destaque, para as fake news, pela fácil disseminação entre os grupos. "Nem todas as pessoas têm muitos seguidores nas redes sociais, mas a maioria faz parte de mais de um grupo no Whatsapp", completa.

 

 

 

 

 

 

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