O Cadastro Central de Empresas (Cempre), pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na sexta-feira, 17, mostra que o salário médio mensal dos paraenses e dos rondonienses são os menores dentre todos os Estados da Região Norte. Ambos aparecem com média de 2,9 salários mínimos, enquanto Acre, Amazonas e Tocantins, surgem, cada um, com 3 salários mínimos; Roraima, com 3,2, e Amapá, com 3,7. Em relação a 2013, o Pará se manteve na última posição em relação a região Norte e melhorou uma colocação no ranking nacional. Naquele ano, a média mensal dos trabalhadores paraenses era de 2,8 salários mínimos. 

Na comparação com as demais Unidades da Federação (UFs), é o 12º resultado mais baixo, atrás, inclusive, da média nacional de 3,2 salários mínimos. Os dados consolidados se referem ao ano de 2014. As UFs com os maiores salários médios foram: Distrito Federal (5,5 salários mínimos), Rio de Janeiro (3,8 salários mínimos), Amapá e São Paulo (3,6 salários mínimos). Por outro lado, os menores salários médios foram observados no Ceará, Paraíba e Alagoas (2,3 salários mínimos) e no Piauí (2,4 salários mínimos). 

De acordo com o Cempre, no ano de referência, os salários e remunerações movimentaram R$ 30,8 bilhões no Pará - R$ 3,8 a mais do que no ano anterior. Em valores, cada trabalhador do Pará recebeu por mês em 2014, em média, R$ 2.069,68. 

O salário médio mensal foi calculado pelo IBGE a partir da soma entre o total de salários e outras remunerações pagas no ano pelo pessoal assalariado médio, dividido por 13. Aqui, foram levados em conta apenas os trabalhadores regularizados. 

O levantamento aponta ainda o Pará no fim da lista no total da população ocupada. Com apenas 31,2% do pessoal ocupado, o Estado só fica atrás das proporções do Maranhão (23,7%) e do Piauí (29,0%). Para efeito de comparação, as maiores participações estão no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo, com 90,5%, 68,5% e 67,0%, respectivamente. 

Em 31 de dezembro de 2014, o pessoal ocupado era 1.212.906 no Pará, sendo 1.122.072 assalariados. O cadastro aponta um avanço de 5,4% de pessoas ocupadas no Pará entre 2008 (25,4%) e 2014. No entanto, quando comparado a margem de 2013, de 31,5% de pessoal ocupado no Estado, a pesquisa indica uma retração de quase 1%. O Estado ainda concentrou 77.520 empresas locais, o que corresponde a 1,4% do total do País (5.589.526). Dessas, 73.622 foram registradas em 2014 como atuantes.