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Revoltados depredaram casa e comércio de acusado de assassinato
17/02/2019 08:25 em Notícias

Dois carros do suposto acusado também foram danificados; vítima era muito querida na cidade

Dezenas de pessoas atearam fogo em dois veículos, depredaram e saquearam uma residência e um comércio, neste sábado (16), em Porto de Moz, no sudoeste paraense. De acordo com a Polícia, o ato de vandalismo foi por conta da morte do jovem Cleomilson Brito do Nascimento, assassinado a tiros, na noite de sexta-feira (16). O homem suspeito de ter sido o mandante do crime, está foragido. É dele as propriedades que foram depredadas e os dois veículos.Acusado de participação no assassinato, Dileonel Pimentel da Silva, de 32 anos, foi preso.

Os manifestantes também foram para a delegacia de polícia da cidade, na tentativa de fazer justiça com as próprias mãos, mas concordaram em deixar o local após diálogo com autoridades policiais. Segundo a polícia, Dileonel pilotava a motocicleta que levou e deu fuga ao atirador após o crime. Em depoimento, o acusado alegou desconhecer que a intenção de Ezequias era matar a vítima.

Ezequias Santana da Conceição é apontado como o atirador e está foragido.  Sala da casa foi bastante destruída por populares Sala da casa foi bastante destruída por populares (Reprodução Whatsapp)O crime ocorreu por volta das 23 horas na frente da casa da vítima, localizada no bairro da Cabanagem, em Porto de Moz. "Keké", como era conhecido, estava com o pai quando dois criminosos se aproximaram em uma motocicleta. Testemunhas relataram que a dupla mandou pai e filho deitarem no chão, em seguida, um dos homens atirou pelo menos quatro vezes contra o jovem.

Ele chegou a ser socorrido para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.Moradores de Porto de Moz disseram que "Keké" era muito conhecido e querido na cidade. A morte do jovem causou revolta na população, que se rebelou contra o comerciante Wendell Ferreira, apontado como o mandante do crime.DEPOIMENTONo depoimento prestado à polícia, Dileonel contou que, na sexta-feira (15), Ezequias foi até a casa dele pilotando uma motocicleta modelo Honda Fan, de cor vermelha. Chegando ao local, ele convidou Dileonel para um churrasco e pediu que ele conduzisse a moto.

Os dois foram então até o churrasco, depois para um bar e posteriormente para um local desconhecido, onde Ezequias ficou aproximadamente meia hora. Ao retornar, pediu que Dileonel subisse rapidamente na moto. Foi então que o acusado pilotou a motocicleta até a residência de "Keké". Chegando ao local, ordenou que o condutor reduzisse a velocidade. Ezequias então pulou do veículo e atirou na vítima. No depoimento, o acusado contou que ouviu três disparos e tentou fugir, mas ficou com medo quando o atirador disse: "ei meu primo, tu vai vacilar comigo?".

Ele então resolveu parar a moto e deu fuga para Ezequias. No caminho, o criminoso ainda teria dito "isso é que o que dá o camarada se envolver com mulher casada".Dileonel afirmou que não sabia qual era a intenção do comparsa e desconhecia a localização do atirador. Por ordens de Ezequias, ele escondeu a moto usada no crime, que foi apreendida.Também em depoimento prestado na delegacia, um irmão de "Keké", que não teve o nome divulgado, contou que ficou sabendo, por meio de outra pessoa, que o comerciante Wendell Ferreira havia ameaçado seu irmão de morte há alguns dias.

 

Fonte: ORM

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