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Em menos de um ano Rio Parauapebas ‘seca’ mais uma vez
16/08/2016 08:46 em Notícias

Um fato inusitado preocupa ambientalistas e a sociedade em geral, o Portal Canaã noticiou com exclusividade em Novembro de 2015 a maior estivagem já acontecida no Rio Parauapebas, rio este que também atravessa o município de Canaã dos Carajás tendo sua nascente em Água Azul do Norte. O que preocupara é que em menos de 1 ano o fato volta a acontecer, o rio em sua maior integridade encontra-se apartado, seco, sem curso d’água na região de Canaã dos Carajás.

Em 2015 noticiamos também, a seca de um dos principais afluentes do rio Parauapebas, o Rio Plaquê. Foi um marco para região presenciar tamanhas mudanças ambientais. Diante ao acontecido o Portal também veiculou uma profunda análise sobre o possível fim do rio, pode ser lida aqui: O rio Parauapebas pode morrer.

 

 

O rio tem 350 quilômetros de extensão e corre na direção sul-norte. É formado pela junção do Ribeirão do Caracol com o Córrego da Onça, ele recebe pela margem esquerda o Córrego da Goiaba, os igarapés Gelado e da Gal e os rios Sossego e Sapucaia.

Pela margem direita recebe o Igarapé Ilha do Coco e os rios Plaquê, Verde, Novo e Caracol. Vale destacar que o Rio Caracol é um e o Ribeirão do Caracol é outro. Em seu alto curso até o Rio Sossego, o Parauapebas é conhecido entre os ribeirinhos como Caracol ou Plaquê. Também recebe o nome de Rio Branco em seus cursos médio e baixo.

Antes cheio de vida e fonte de alimento e água potável para as comunidades ribeirinhas, o rio vem agonizando ano a ano e o seu volume reduz na mesma escala.

Um estudo científico intitulado “Diagnóstico da Qualidade da Água do Rio Parauapebas”, produzido por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), denuncia que o desmatamento das matas ciliares, a atividade mineradora, a retirada de areia e seixo para construção civil e a expansão urbana não planejada, com a invasão irregular da beira do rio, têm causado impactos nocivos ao Rio.

Até quando esse cenário perverso e preocupante irá se manter? Acompanhar a morte progressiva do rio, em doses homeopáticas é masoquismo? Precisamos de uma ampla ação integrada entre os poderes constituídos e setores da sociedade civil organizada, para buscar ações efetivas de controle, preservação e revitalização do referido recurso hídrico.

Fonte: Portal Canaã

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