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Comércio virtual no brasil deve crescer 18%
16/08/2016 10:52 em Notícias

A crise financeira que afeta a economia brasileira e o avanço da inadimplência têm provocado a falência de centenas de estabelecimentos, deixando, consequentemente, milhares de pessoas desempregadas em todo o Brasil. No Pará não é diferente, e não apenas no comércio, mas em praticamente em todos os setores. Somente no primeiro semestre, foram fechados mais de 1,7 mil postos de trabalho. A saída encontrada por alguns empreendedores é investir no e-commerce. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o comércio eletrônico no Brasil deve crescer 18% este ano em relação a 2015 e faturar R$ 56,8 bilhões. 

Esta realidade o analista de sistemas Fernando Vieira conhece bem. Em 2013 ele foi convidado por uma empresa de manequins e expositores para lojas de roupas a elaborar a versão on-line do empreendimento. A estratégia deu certo. “A primeira coisa que fizemos foi elaborar muito bem o planejamento. É preciso ter estoque, contabilidade e logística bem organizados”, ensina.

A logística, aliás, foi a principal preocupação do analista. “Na nossa região, a logística não facilita. Em algumas cidades do Pará, você só chega de barco ou de navio. Então, nós fizemos um projeto adequando para a realidade do Pará e Amapá e conseguimos chegar em regiões que não haviam sido alcançadas antes, como o oeste e o sul paraenses”, revela Fernando Vieira.

O investimento em marketing digital também é um fator de custo que pode ser mais baixo e ainda garante um bom posicionamento da marca, além de fidelizar os clientes. Fernando não teve dúvidas quando optou por contratar uma empresa especialista no ramo. “Primeiro nós contratamos duas empresas de fora, mas não tivemos um resultado muito bom porque elas não conseguiram entender a nossa realidade. Então nós contratamos uma empresa local, e nossos resultados foram muito positivos. No primeiro ano, o nosso e-commerce contribuía com 2,5% do faturamento anual. No segundo ano chegou a contribuir com 7,5%. Hoje o nosso e-commerce chega de 10 a 11% do faturamento da empresa”, acrescentou Fernando.

Se para os empresários apostar nas vendas eletrônicas é uma saída para driblar a crise, para os consumidores também sobram vantagens. O cientista da computação Leonardo Baima confia nas lojas virtuais para comprar desde itens de baixo valor, como capas de celular, a produtos mais caros, como móveis e aparelhos eletrônicos, e garante que as vendas on-lines são bons negócios. “Eu priorizo fazer uma comparação nas lojas virtuais e presenciais e uma das vantagens significativas é o custo, principalmente na região Norte. As lojas tradicionais têm um custo para trazer os produtos pra cá e costumam repassar esse valor para os clientes. Outra questão é quanto aos riscos e sempre procuro ferramentas como o portal ReclameAqui para saber se a loja é de confiança. Além disso, tem outras vantagens como o conforto de não precisar me desloca e algumas garantias gratuitas que só tem em vendas on-line”, destacou Leonardo.

Com as atenções voltadas para o e-commerce e para o marketing digital, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico realiza na sede do SindiLojas, na Rua Gaspar Viana, em Belém, no próximo dia 18 de agosto, o Ciclo MPE. O evento conta com palestra sobre como atrair e reter clientes utilizando estratégias de marketing digital, logística no e-commerce, como aumentar a chance de conseguir crédito para sua empresa, entre outros temas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site http://www.ciclo-mpe.net/.

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