O preço da cesta básica na região Norte aumentou 2,90% entre junho e julho de 2016 e alcançou o valor de R$ 531,42 - aumento de R$ 14,98 em relação ao mês anterior, quando fechou em R$ 516,44. Foi a terceira maior alta dentre as regiões no mês, o que levou a condição de segunda cesta básica mais cara do País, conforme pesquisa realizada pela consultoria GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

As maiores altas de preço foram registradas na regiões Centro-Oeste (3,84%) e Sudeste (3,22%), que fecharam o mês de julho com as cestas nos valores de R$ 471,38 e R$ 471,89, respectivamente. A cesta mais cara continua sendo a da Região Sul do País, que custou em julho R$ 535,99 - variação de 2,18% em relação ao preço de junho. Na região Nordeste o aumento no mês foi de 2,86% e o preço médio da cesta de alimentos foi de R$ 417,10.

Em todo o País, a pesquisa registrou alta de 2,96%, passando de R$ 473,31 em junho para R$ 487,34 em julho. Já no acumulado do ano, de janeiro a julho, a cesta apresentou alta de 10,99%. No acumulado dos últimos 12 meses (entre julho de 2015 e julho de 2016), a cesta de produtos acumula crescimento de 17,60%. Nos mesmos períodos, as respectivas variações da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foram 0,52%, 4,96% e 8,74%.

Entre as maiores altas de preço no mês de julho estão o feijão (29,17%), leite longa vida (18,14%), queijo mussarela (14,36%) e o queijo prato (8,05%). Já as maiores quedas registradas foram em itens como cebola (-36,11%), batata (-23,55%) e papel higiênico (-3,63%). A pesquisa Abrasmercado avalia 35 produtos de largo consumo (alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica).

As vendas do setor supermercadista apresentaram alta em todo o País de 0,66%, em valores reais, deflacionadas pelo IPCA/IBGE, no acumulado do ano, de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a junho, as vendas apresentaram alta de 7,58%, e alta de 4,20% em relação ao mesmo mês do ano de 2015, de acordo com o Índice Nacional de Vendas Abras, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade.

Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram alta de 8,14% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a julho do ano anterior, alta de 13,31%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 10,27%. "Os números positivos em julho nos deixam ainda mais otimistas para as vendas dos próximos meses, quando esperamos manter tal nível de crescimento, estimulados por campanhas de vendas sazonais, como Dia das Crianças, Semana do Peixe, e pelas Festas de Final de Ano", afirma Márcio Milan, superintendente da Abras.