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Paralisação dos bancários vai continuar em todo o Brasil
30/09/2016 10:26 em Notícias

Hoje a greve nacional dos bancários completa 24 dias e ainda não tem data para ser encerrada. Nesse tempo, a paralisação tem causado transtornos a quem precisa resolver pendências diretamente com funcionários dos bancos, efetuar saques diretos na "boca do caixa" e não tem o cartão de saque, desempregados que precisam retirar o dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de idosos e demais pessoas que ainda não sabem utilizar os serviços de caixas eletrônicos e os oferecidos via internet ou por aplicativos de celular. 

Segundo a diretora de Comunicação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Pará, Tatiana Oliveira, a paralisação afetava ontem 460 das 504 unidades de bancos públicos e privados nos municípios paraenses. No Brasil eram cerca de 15 mil agências paradas, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Ainda segundo ela, anteontem, não houve avanço nas negociações, em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e que, por isso, a greve continua em todo o País.

"A proposta apresentada foi a mesma de duas semanas atrás, mostrando uma postura intransigente e estamos reforçando a greve para que haja maior adesão dos funcionários no Pará e no Brasil. Este ano a negociação está mais dura, as discussões sobre as pautas específicas dos bancos (Banco da Amazônia, Banpará e Caixa) serão tratadas somente quando for fechada negociação em São Paulo. Então, a categoria não vai aceitar perda salarial e a greve só termina quando obtivermos reajuste digno", afirmou a sindicalista. 

A pauta de reivindicações dos bancários tem doze itens principais. Alguns deles tratam do reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90; piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale-alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo); vale-refeição de R$ 880,00 ao mês e cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês. A categoria quer ainda melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral; fim das demissões e mais contratações, combate às terceirizações; e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). 

As propostas dos bancos são reajuste salarial de 7% (abaixo da inflação) e abono de R$ 3,3 mil, sem compromisso com a manutenção dos empregos. A proposta não cobre nem a inflação do período, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de agosto fechou em 9,62% e representa uma perda de 2,39%.

Na segunda-feira, 3, está marcada assembleia geral da categoria, às 17h, na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Pará, à rua 28 de Setembro, no bairro do Reduto, em Belém. A pauta é analisar os rumos do movimento.

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