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Inadimplência das famílias tem queda de 5,4% em setembro
06/10/2016 09:46 em Notícias

A Pesquisa sobre Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federal do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio) mostrou queda de 5,4% no nível de endividamento das famílias em setembro.

O percentual leva em consideração a comparação com o mês de agosto, quando o índice ficou em 49,4% contra 48,4% registrado em setembro. 

'Os consumidores estão com os pagamentos atrasados, em média, por 52 dias. E ainda têm dívidas a pagar contraídas anteriormente por pelos 5,3 meses, cujas parcelas comprometem 27% do orçamento familiar mensal', explicou a assessora econômica da Fecomércio-PA, Lúcia Cristina Andrade Lisboa. 

A pesquisa mostrou a redução no endividamento das famílias. A especialista diz que isso ocorre em parte porque muitas famílias já estão endividadas e inseguras quanto à manutenção do emprego e renda familiar total. O aumento dos juros e dos preços também influencia.

'Assim, as famílias optam por não fazerem novas dívidas. Fatores que, em conjunto, refletem na redução do volume de vendas do comércio varejista. Dado que o endividamento representa as compras efetuadas a prazo e, em grande parte, por meio do cartão de crédito, o crescimento anual dos juros está impactando diretamente nas decisões das famílias de efetivarem novas compras com o recurso do crédito', explicou.

O cartão de crédito é responsável pelo endividamento de 56,8% dos consumidores, seguido de carnês com 39% e crédito pessoal com 19,1%. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Joy Colares, acrescentou que o consumidor 'perde a noção e acaba se comprometendo com várias compras, que vão se acumulando. E que, no final do mês, somadas, comprometem uma parte significativa de sua renda, levando, como consequência, à inadimplência'. Ele afirmou que a situação piora mais ainda quando ocorre uma doença na família ou a perda do emprego. 'Isso então o desprograma todo, deixando ele muito vulnerável a essa situação', completou.

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