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Amazônia tem 8 mil km² de desmatamento em um ano
30/11/2016 09:46 em Notícias

O desmatamento na Amazônia disparou no último ano, chegando a 7.989 km². É o mais alto valor desde 2008, ano em que o combate ao problema se tornou mais efetivo e as taxas anuais de perda da floresta começaram, gradualmente, a cair. E é a primeira vez desde 2010 que a destruição do bioma supera a marca dos 7 mil km².

Os dados do Prodes, sistema de monitoramento por satélite que fornece o balanço anual do desmatamento na região, foram divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O valor observado entre agosto de ano passado e julho deste ano (período em que é medido o desmatamento) é 29% maior que o período de agosto de 2014 a julho de 2015, que tinha registrado perda de 6.207 km².

O governo federal já trabalhava há alguns meses com a expectativa de que a perda da floresta iria subir muito além da média que tinha se estabelecido nos últimos anos e já estudava novas medidas para o combate ao desmatamento. Na manhã de ontem, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, apresentou algumas dessas propostas, com novidades no Cadastro Ambiental Rural.

O INPE realiza o monitoramento sistemático na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento ilegal. Os dados são imprescindíveis para toda a sociedade e embasam ações como a Moratória da Soja e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras iniciativas. 

O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat (30 metros de resolução espacial e frequência de revisita de 16 dias) ou similares, numa combinação que busca minimizar a cobertura de nuvens, para registrar e quantificar desmatamentos com áreas maiores que 6,25 hectares. Considera-se como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, seguida ou não por ocorrência de fogo e independentemente da futura utilização destas áreas. 

CAXIUANÃ

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) assinou contratos de concessão, ontem, que permitem o manejo florestal sustentável em três unidades de manejo florestal (UMF) na Floresta Nacional do Caxiuanã, localizada nos municípios de Portel e Melgaço, no Pará. As unidades somam 176 mil hectares e serão operadas pelas empresas Benevides Madeiras Ltda (UMF I e UMF II) e Cemal Comércio Ecológico de Madeiras (UMF III).

Segundo comunicado do SFB, as empresas vencedoras da concorrência ofereceram ágio de até 130% sobre o valor mínimo de R$ 57 por metro cúbico de madeira extraída previsto pelo edital. Além do valor oferecido pela madeira, a concorrência levou em conta as propostas técnicas apresentadas pelas empresas, o que inclui aspectos como redução do impacto ambiental, geração de empregos e grau de processamento local da madeira.

O SFB informa, ainda, que Caxiuanã foi a primeira Floresta Nacional criada na Amazônia e é considerada uma área com vocação para a produção madeireira, já que está localizada entre os Rios Xingu e Anapu, o que facilita o escoamento da produção. A expectativa é que as três unidades de manejo produzam cerca de 180 mil metros cúbicos de madeira por ano.

 

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