No Dia Mundial de Combate ao HIV/Aids, hoje (1º), o Brasil contabiliza 827 mil pessoas que vivem com HIV e desenvolveram a aids. Desse total,  260 mil já sabem que estão infectadas, mas não se submetem a nenhum tipo de tratamento, enquanto outras 112 mil vivem com o HIV, mas desconhecem estar contaminadas com o vírus. Os dados constam no boletim divulgado ontem pelo Ministério da Saúde (MS), em Brasília (DF). Outro dado expressivo é a queda de 42,3% na mortalidade provocada pela doença em 20 anos. O MS afirma que o incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença, refletiram na redução das mortes. A taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2015. Os dados se referem ao ano de 2015. Ainda segundo o boletim, a epidemia no Brasil, iniciada em 1980, está estabilizada, com registro de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano.

O documento apresenta ainda os casos notificados de HIV no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2007 a 30 de junho de 2016, totalizando 136.945 casos no Brasil sendo 92.142 homens e 44.766 mulheres. Do total no País, 8.678 foram na região Norte e 3.109 no Pará (813 em 2015). Na região Nordeste 18.840, Sudeste 71.396, Sul 28.879 e Centro-Oeste 9.152 . A faixa etária que apresenta menos ocorrências é de 5 a 9 anos, com 0,1% (160 casos) e a maior de 25 a 29 anos, com 18,9% (25. 849 casos). Em nível de escolaridade o destaque de 26,4% (26.993 casos) para pessoas que têm o ensino médio completo e, em último caso, com 1,7% (1.731 casos) os analfabetos. Em relação a gestantes infectadas pelo HIV, o relatório revela que, de 2000 a 2015, os casos e taxas para 1.000 nascidos vivos no Brasil eram 99.804 sendo 7.400 na região Norte e destes 2.980 no estado do Pará.

PARÁ

Já os casos de aids notificados, declarados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e registrados no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel), de 1980 a 30 de junho de 2016, somam 842.710 no Brasil, dos quais 49.681 na regiãoo Norte e 21.769 no Pará (2.052 em 2015). Já na região Nordeste 127.116, Sudeste 446.511, Sul 169.207 e Centro-Oeste 50.189. Dos 842.710 casos no Brasill, 548.850 foram homens e 293.685 mulheres. Por faixa etária, os mais baixos números masculinos ocorreram de 10 a 14 anos, com 1.611 casos, e o maior foi de 30 a 34 anos, com 107.075 casos. Já com as mulheres os mais baixos foram 1.606 casos, de 10 a 14 anos, e mais elevado com 52.229 casos, de 30 a 34 anos. 

Em menores de cinco anos, de 1980 a 2016, com número e taxa e detecção para 100.000 habitantes no país, foram registrados 16.612 casos sendo 1.133 na região Norte, 2.499 Nordeste, 8.252 Sudeste,  3.921 Sul e 807 Centro-Oeste. A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos por 100 mil habitantes, em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes, em 2015. A taxa em crianças dessa faixa etária é usada como indicador para monitoramento da transmissão vertical do HIV.

Os casos de morte tendo como causa básica aids, de 1980 a 2015, totalizaram 303.353 no Brasil, dos quais 13.474 na região Norte (sendo 7.097 no Pará), 38.346 Nordeste, 182.919 Sudeste, 53.195 Sul e 15.419 no Centro-Oeste. Nesse tempo morreram 215.212 homens e 88.016 mulheres.