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Projeção para inflação cai para 6,69%; piora estimativa para o PIB
05/12/2016 08:35 em Notícias

Quase metade da população de Belém vai encarar as festas de fim de ano atolada em dívidas. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta que 40,2% das famílias da capital paraense estão endividadas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Embora o resultado seja alto às vésperas do principal período de consumismo do ano, o percentual é o mais baixo registrado no ano. No mês anterior, esse percentual era de 50%. Ainda para efeito de comparação, em novembro de 2015, a fatia de endividados era praticamente o dobro da marca atual: 78%.

“As dificuldades de aquisição de crédito, devido às incertezas do cenário econômico e às elevadas taxas de juros, aliadas à perda do poder de compra por causa do desemprego, fazem com que o consumo fique retraído, reduzindo, consequentemente, o nível de endividamento”, explica o economista da CNC Bruno Fernandes.

O percentual das famílias belenenses com dívidas ou contas em atraso também diminuiu na comparação mensal, de 38% para 35,1%. O mesmo também verificado na checagem anual: em novembro de 2015, o total era de 39,4%.

Em relação ao mês passado, também caiu o percentual das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriawm inadimplentes: 13,6% em novembro ante 15% em outubro.

O mercado financeiro, consultado pelo Banco Central (BC), reduziu a projeção de inflação para este ano pela quarta vez seguida. A estimativa de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,72% para 6,69%.

Para 2017, a taxa foi mantida em 4,9% há três semanas. As estimativas fazem parte de pesquisa Boletim Focus feita pelo BC ao mercado financeiro sobre os principais indicadores econômicos. As projeções ultrapassam o centro da meta que é de 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano, e 6% em 2017. O boletim é divulgado às segundas-feiras, em Brasília.

Recessão

A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este ano, piorou ao passar de 3,49% para 3,43%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi alterada de 0,98% para 0,80%, na sétima redução consecutiva.

A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, para o final de 2017 caiu de 10,75% para 10,50% ao ano. Na última semana, a Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual para 13,75% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.

Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom reduz o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

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