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Pará recebe 68 cubanos no programa Mais Médicos
31/01/2017 08:15 em Notícias

Mais 68 médicos cubanos que vieram participar do Programa Mais Médicos no Estado do Pará já estão nos municípios onde devem começar a atuar. Eles chegaram na última sexta-feira, 27, para reposição de outros cubanos que estão com os contratos terminando. Os médicos vão trabalhar em 38 municípios paraenses e mais quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). A vinda dos profissionais é resultado da adesão dos municípios ao Programa Mais Médicos, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Atualmente, estão atuando no Estado pelo Mais Médicos, 802 médicos, sendo 550 cubanos, além de intercambistas brasileiros e intercambistas estrangeiros.

Após serem acolhidos em um hotel da capital os profissionais foram encaminhados para os municípios de Altamira, Anapu, Aurora do Pará, Aveiro, Bagre, Belterra, Bragança, Brasil Novo, Brejo Grande do Araguaia, Breves, Cumaru do Norte, Curralinho, Curuá, Floresta do Araguaia, Itupiranga, Jacareacanga, Limoeiro do Ajuru, Marabá, Muaná, Nova Esperança do Piriá, Novo Progresso, Novo Repartimento, Óbidos, Oeiras do Pará, Oriximiná, Pacajá, Paragominas, Portel, Porto de Moz, Santa Maria das Barreiras, São Domingos do Capim, São Félix do Xingu, São João de Pirabas, Soure e Tucuruí, além dos DSEIs de Altamira, Guamá-Tocantins e Rio Tapajós.

De acordo com a coordenadora da Comissão Estadual Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) e Mais Médicos, Sônia Bahia, após quase quatro anos dos projetos os resultados estão aparecendo. “A gente percebe que tem ocorrido um decréscimto da mortalidade maternoinfantil. Ainda é um índice alto, mas há uma diminuição. Isto tem a ver com o fato de melhor organização na atenção primaria. A população teve mais acesso com mais médicos, mais equipes de saúde e agentes comunitários de endemias. Isto tem muito a ver com a capacidade com que a política pública de saúde dê certo primeiro nos municipais e depois no Estado”, avaliou. Alguns municípios ampliaram no decorrer dos anos a cobertura do programa Saúde da Família, principal objetivo do Mais Médicos e Provab, indo de uma equipe de Saúde da Família para 30.

O Programa Mais Médicos foi lançado em julho de 2013 pelo governo federal com o objetivo de ampliar o número de profissionais nas regiões mais carentes do país, que normalmente não recebem médicos brasileiros interessados em atuar nessas regiões. O programa foi muito criticado no início pelas entidades médicas por trazer muitos médicos estrangeiros para atuarem no Brasil sem passar pelo exame conhecido como Revalida, obrigatório para os médicos comprovarem os conhecimentos e validarem o diploma, também teve um crescimento de participantes brasileiros.

O diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa), Wilson Machado, avaliou que, após a pressão das entidades, hoje o Mais Médicos valoriza mais os profissionais formados no Brasil. “A principal mudança é a valorização dos médicos brasileiros em lugar dos estrangeiros. Nesta convocação atual de médicos, temos mais brasileiros que estrangeiros. Sabemos que são médicos de verdade, porque são formados no Brasil. Aqueles médicos estrangeiros que foram antes não sabemos, isso nunca foi esclarecido. Nunca soubemos se os médicos estrangeiros eram equivalentes aos brasileiros, porque eles nunca foram submetidos a todas as avaliações que os brasileiros passam”, indicou.

 

Fonte: (ORM)

 

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