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POSITIVO: Indústria só cresceu no Pará em 2016, segundo o IBGE
08/02/2017 08:06 em Notícias

Somente a indústria do Pará apresentou aumento no ritmo de produção no ano de 2016. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria paraense assinalou taxa positiva de 9,5% ao longo dos últimos doze meses, frente ao resultado do fim do ano anterior. De acordo com a pesquisa, esse é terceiro ano seguido com taxa positiva no Estado, marcando a expansão mais acentuada desde 2006 (15,8%).

Para efeito de comparação, a produção industrial nacional - média dos 15 locais pesquisados - registrou em 2016 variação negativa de 6,6%. O segundo melhor resultado no ano foi apontado no Mato Grosso (-1,1%), seguido pelo da Região Nordeste (-3,1%) e de Santa Catarina (-3,3%). Já os maiores recuos, no mesmo período, foram anotados no Espírito Santo (-18,8%), Amazonas (-10,8%), Pernambuco (-9,5%) e Goiás (-6,7%).

Outro resultado de destaque do Pará foi observado na variação de dezembro na comparação com igual mês do ano anterior. A indústria paraense avançou 10,1% no índice mensal de dezembro de 2016, décima sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto. Foi disparado o melhor desempenho do País e bem superior à marca do setor industrial nacional, que  mostrou redução de 0,1%, com seis dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos.

Nesse mês, Bahia (-9,3%) e Goiás (-9,0%) assinalaram os recuos mais intensos. Mato Grosso (-2,3%), Região Nordeste (-0,8%), São Paulo (-0,6%) e Rio de Janeiro (-0,4%) também registraram taxas negativas nesse mês. Além do Pará, os demais resultados positivos foram observados no Paraná (6,5%), Santa Catarina (6,3%), Pernambuco (5,6%), Ceará (3,4%), Rio Grande do Sul (3,3%), Amazonas (3,0%), Minas Gerais (2,2%) e Espírito Santo (2,1%).

Em compensação, a pesquisa industrial mensal aponta que na passagem de novembro para dezembro de 2016, a produção industrial do Pará acompanhou o desempenho negativo de outras três localidades com recuo de 0,7%, após registrar queda de 5,3% em outubro e avanço de 7,0% em novembro. Também registraram decréscimos Amazonas (-2,0%), São Paulo (-1,5%) e o Rio de Janeiro (-0,9%). Por outro lado, o avanço com maior destaque no mês foi o do Ceará (12,4%), acompanhado pelos comportamentos do Rio Grande do Sul (6,3%), Espírito Santo (5,1%) e Região Nordeste (4,9%). Em todo o País, o último mês de 2016 fechou com variação de 2,3%.

Com esse resultado mensal, o índice de média móvel trimestral do Pará apontou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em dezembro frente ao patamar do mês anterior. Em todo o País, a evolução trimestral foi de 0,5%, interrompendo a trajetória descendente iniciada em julho de 2016. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, sete locais mostraram taxas positivas, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Ceará (3,2%), Paraná (2,4%), Rio Grande do Sul (1,5%) e Espírito Santo (1,5%). Por outro lado, Pernambuco (-1,0%), Goiás (-0,8%) e São Paulo (-0,8%) registraram as principais quedas em dezembro de 2016.

ATIVIDADES

A indústria paraense avançou 10,1% em dezembro de 2016 na comparação com dezembro de 2015, com quatro das sete atividades investigadas mostrando crescimento na produção. O principal impacto positivo foi registrado por indústrias extrativas (11,3%), influenciado, sobretudo, pelo aumento na extração de minérios de ferro em bruto ou beneficiado. Outros avanços importantes vieram dos ramos de produtos alimentícios (12,0%) e de metalurgia (4,1%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de carnes de bovinos frescas, refrigeradas ou congeladas e óleo de dendê em bruto, no primeiro; e de óxido de alumínio, no segundo.

Em contrapartida, as influências negativas mais relevantes sobre o total da indústria foram observadas nos setores de produtos de minerais não-metálicos (-9,0%) e de bebidas (-13,0%). Já as influências negativas mais importantes sobre o total da indústria foram observadas nos setores de produtos de madeira (-28,9%) e de produtos de minerais não-metálicos (-16,0%), pressionados, principalmente, pela menor fabricação de caulim beneficiado, chapas, painéis, ladrilhos e telhas de fibrocimento e massa de concreto preparada para construção; e de refrigerantes, respectivamente.

No índice acumulado do período janeiro-dezembro de 2016, a produção da indústria do Pará cresceu 9,5%, com apenas três das sete atividades pesquisadas mostrando aumento na produção. O melhor resultado foi do setor extrativo (13,1%), principalmente, pelo aumento na extração de minérios de ferro em bruto ou beneficiado.  As outras contribuições positivas vieram dos ramos de metalurgia (3,7%) e de celulose, papel e produtos de papel (8,1%)

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