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ESQUEMA: Polícia desmonta esquema de sonegação de impostos
26/05/2017 00:45 em Notícias

Um esquema fraudulento que lesava os cofres públicos do Maranhão, por meio de sonegação de imposto fiscal de empresas fantasmas, nos estados do Pará, Piauí e Bahia, foi desarticulado, ontem, com a operação Paraíso Fiscal, realizada em Goiânia, pela Superintendência Estadual de Combate a Corrupção (Seccor), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público do Maranhão e a Polícia Civil de Goiás. Essa ação ilegal vinha sendo realizada desde 2014, e consistia na simulação da venda de soja. O prejuízo para o Maranhão é em torno de R$ 23 milhões.

O empresário Nelton Carrijo Gomes e a contadora Thaisa Moura foram presos e centenas de documentos foram apreendidos nas residências dos detidos e em escritórios de contabilidade, localizados em Goiânia. Os detidos foram conduzidos para a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Pública, em Goiânia, e vão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação de imposto fiscal.

Investigação

O delegado Roberto Wagner, da Superintendência Estadual de Combate a Corrupção (Seccor), órgão ligado a Secretaria de Segurança Pública, declarou que a polícia começou a investigar esse esquema criminoso há três meses, após a Secretaria Estadual de Fazenda de Goiás ter constatado que as empresas Agropecuária MCD Ltda e Palisa Logística, localizadas em Goiânia, pertencentes à Nelton Carrijo, apresentavam várias irregularidades.

As polícias do Maranhão e Goiás durante a investigação constataram que ação lesava diretamente o cofre público do Maranhão, por meio da sonegação fiscal. O delegado declarou que os criminosos utilizavam empresas fantasmas nos estado do Pará, Piauí e Bahia e simulavam venda de soja para empresas falsas com endereços no estado do Maranhão.

Ainda segundo o delegado, o bando criminoso também conseguia gerar créditos tributários inexistentes com a comercialização irregular da produção de milho. Esse tipo de transação comercial, na maioria das vezes, ultrapassava os R$ 200 milhões.

Roberto Wagner informou, também, que até o momento a polícia contabilizou um prejuízo milionário de mais de R$ 23 milhões para o Maranhão, em impostos que deixaram de ser recolhidos. “As investigações vão continuar, visando prender o restante do bando. Esse trabalho conta com o apoio da polícia de Goiás”, disse o delegado.

Mais operação

Barreiras policiais foram montadas ontem na cidade de Timon, no Maranhão, e em Teresina, no Piauí, durante a 4ª fase da operação Brasil Central mais Seguro. O cerco policial foi realizado, também, em mais 16 estados.

Em Teresina, ocorreu blitz em toda a cidade e inclusive nas pontes que ligam o Piauí do Maranhão. O delegado geral da Polícia Civil Piauiense, Riedel Batista, informou que mais de 150 policiais do Maranhão, Piauí e da Rodoviária Federal participaram desse trabalho que visava prevenir e repreender atuações criminosas, combatendo especialmente crimes de furtos, roubos e explosões contra instituições financeiras como também prender foragidos da Justiça.

Número

R$ 23 milhões

foi o prejuízo dado ao Maranhão com a sonegação de imposta por criminosos que simulavam da venda se soja usando empresas fantasmas nos estados Pará, Piauí e Bahia; duas pessoas foram presas

 

 

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