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Pará retoma crescimento industrial em janeiro, aponta IBGE
11/03/2016 10:09 em Notícias

Recuperação do setor chegou a 3,3% em janeiro, aponta IBGE

Na contramão do comportamento nacional, a produção industrial do Pará voltou a registrar taxa positiva em janeiro deste ano frente a variação do mês anterior. A recuperação da indústria do Estado apontou evolução de 3,3%, ante o índice negativo de 1,8% registrado em dezembro de 2015. O desempenho só não foi superior ao da indústria de Santa Catarina que fechou o mês com elevação de 3,7%. No geral, seis dos 15 locais pesquisados no País apresentaram recuo, o que culminou com um tímido crescimento da produção nacional em janeiro, na ordem de 0,4%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria do Pará ganha ainda mais destaque quando são comparados os resultados de janeiro de 2015 e o mesmo período deste ano. Com alta de 10,5%, o desempenho da indústria paraense é o melhor do País, ao lado do Mato Grosso (10,5%). No mesmo período, o índice nacional apresenta um abismo com o indicador paraense, com recuo de 13,8%. A pesquisa mostra ainda que, na taxa anualizada, que registra o acumulado dos últimos doze meses, o Pará registra expansão industrial de 4%, novamente a segunda posição, atrás apenas de Mato Grosso, que obteve 4,8% de crescimento. Os dois estados registraram índices bem diferentes de outros e da média nacional, que ficou em -9%. No caso do acumulado dos últimos doze meses, além de Pará e Mato Grosso, apenas o Espírito Santo, com 0,6%, registrou índice positivo. Amazonas (-18,4%), São Paulo (-11,7%) e Rio Grande do Sul (-11,3%) lideraram os índices negativos.

Segundo o levantamento, a indústria paraense avançou 10,5% em janeiro de 2016 na comparação com igual mês do ano anterior, com três das sete atividades investigadas 

mostrando crescimento na produção. O principal impacto positivo foi registrado pelo setor extrativo (15,3%), influenciado, sobretudo, pelo aumento na extração de minérios de ferro em bruto ou beneficiado. As outras contribuições positivas vieram dos ramos de celulose, papel e produtos de papel (192,4%) e de metalurgia (2,6%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de pastas químicas de madeira (celulose); e de óxido de  alumínio, respectivamente.

Em contrapartida, as influências negativas mais importantes sobre o total da indústria foram observadas nos setores de produtos de madeira (-34,6%) e de produtos de minerais não-metálicos (-15,4%), pressionados principalmente pela queda na produção de madeira serrada, aplainada ou polida, no primeiro ramo; e de cimentos “Portland” e caulim beneficiado, no último. Vale mencionar também os recuos vindos de produtos alimentícios (-3,2%) e de bebidas (-22,5%), explicados especialmente pela queda na produção de carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e queijos frescos; e de refrigerantes, cervejas e chope, respectivamente.

TENDÊNCIAS

Segundo o presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Eduardo Costa, os indicadores da indústria paraense este ano reforçam a estimativa da fundação de desempenho econômico positivo no Pará, mesmo diante de um cenário de crise atualmente vivenciado pelo país. "Se comparado aos demais Estados brasileiros, o Pará se encontra em um cenário diferenciado, sobretudo comparando indicadores como o PIB e a produção industrial. No caso do PIB, a expectativa para este ano é de crescimento de 0,08% no Pará, repetindo os números de 2015, quando o Pará foi o único Estado que não teve queda do PIB",  avalia.

(Fonte:ORM)

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