Pechinchar, no dicionário brasileiro, significa dar um valor mais baixo em algum produto. Mas em momento de crise econômica, o verbo traduz economizar na hora de ir às compras. A prática já é velha conhecida entre comerciantes e os seus fregueses. Ela traz benefícios aos dois lados, que sempre saem ganhando alguma porcentagem com as barganhas. Em todo caso, para quem compra em grandes redes, o jeito é fazer pesquisa egarantir alguma economia. 

PESQUISA ONLINE 

Leonídio Filho, criador do aplicativo de celular e site Dica de Preço, alerta que, para se fazer uma boa compra, deve-se ter muita informação sobre o produto. Esse é o primeiro passo para barganhar e levar para casa o seu objeto de desejo por um custo menor. Hoje é possível fazer buscas de preços sem sair de casa. A pesquisa é simples. Você coloca o nome do produto na lupa de busca do site, que todas as lojas (físicas e virtuais) cadastradas aparecem com as suas ofertas na tela do seu celular e/ou computador.

“A pessoa pode colocar até um tipo de prego, que vamos oferecer o histórico completo sobre ele. Os valores atuais que estão sendo vendidos, e os que já foram nos últimos tempos”, explica Leonídio. Cada item tem seu cronograma no mercado, a evolução de preços e as ofertas que eles já foram oferecidos. “Se você sabe por quanto uma loja vende, ou por quanto ela já vendeu, tem como pechinchar”, diz.

BARGANHA PODE DAR BONS RESULTADOS

Além das buscas feitas online, o brasileiro segue ‘chorando’ por maiores descontos cara a cara. Que o diga o comerciante Manuel Ferreira Miranda, que trabalha com venda de alimentos na feira da 25 de Setembro, em Belém, há 45 anos. “Já vi de tudo aqui. Tem o que pechincha, o que dá o ‘calote’, o que não chora e leva o produto sem reclamar. Mas os que mais aparecem são os ‘pechincheiros’”, brinca. Durante a nossa reportagem na banca de seu Manuel, flagramos um cliente em “ação”. 

O autônomo Luiz Feio, de 50 anos, trabalha com frete. Ele foi comprar pirarucu para o almoço. Conversa vai, conversa vem, e a barganha começa. O pedaço de peixe escolhido por Luiz deu R$24,85. Porém, não saiu por esse valor. “Quero que ele deixe por pelo menos R$20”, explica. Entretanto, seu Manuel recusa a oferta. “Então, ele poderia fazer por R$22”, diz o comprador, que novamente teve o pedido negado. O desconto saiu por R$0,85. “Temos quepechinchar mesmo. Centavos fazem diferença”, comenta o cliente.

(Fonte:DOL)