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Em coletiva, Segup informa que cumpriu as prisões temporárias do caso Pau D'Arco
11/07/2017 00:01 em Notícias

Ao todo, foram presos 11 policiais militares e dois policiais civis envolvidos nas mortes da fazendo Santa Lúcia

 

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) apresentou, no final da tarde de ontém (10), durante coletiva na sede da instituição, em Belém, mais detalhes sobre o cumprimento dos mandados de prisão temporária de 13 policiais que compunham a missão realizada no dia 24 de maio deste ano, na fazenda Santa Lúcia, em Pau D 'Arco, e que resultou na morte de dez pessoas.

A prisão temporária foi solicitada pelo promotor de justiça Alfredo Amorim, um dos quatro promotores que conduzem a investigação especial sobre o caso pelo Ministério Público. O documento foi recebido pela Polícia Federal na noite de sexta-feira, 7, e cumprido integralmente na manhã desta segunda. Os envolvidos se apresentaram espontaneamente.

"Recebemos o documento na sexta-feira à noite e no final de semana fizemos levantamentos e reuniões para vermos a melhor forma de cumpri-los. E a melhor logística foi via comando. Nesse caso, os policiais foram notificados para que se apresentassem por dever funcional. Em razão disso, conseguimos cumprir 100% dos mandados, o que não ocorre normalmente até em outras grandes operações", explicou Uálame Machado, superintendente da PF no Pará.

Ao todo, foram presos 11 policiais militares e dois policiais civis. Por se tratar de uma prisão temporária, conforme decisão judicial, os policiais militares ficarão custodiados nos quartéis da Polícia Militar e os policiais civis, no quartel do Corpo de Bombeiros. Do grupo de militares, oito se apresentaram em Redenção e foram encaminhados na tarde desta segunda para Belém. O outro policial militar deve ser encaminhado para a capital nesta terça-feira, 11. Todos ficarão à disposição da justiça para prestar esclarecimentos.

Desde o início das investigações, a Segup vem garantindo total apoio nas ações de apuração das circunstâncias das mortes. "Nós vamos aguardar os laudos balísticos e da reprodução simulada para tentar individualizar as condutas. Esta tem sido uma busca incessante de todo o Sistema de Segurança do Estado, inclusive dando todo apoio e suporte necessários, tanto operacional quanto logístico, para o desenvolvimento das investigações", ressaltou o titular da Segup, general Jeannot Jansen.

O representante da Polícia Federal destacou a importância da operação em conjunto. "No momento em que recebemos a decisão, uma das medidas tomadas foi justamente procurar a Secretaria de Segurança, pois entendemos que esse apoio é fundamental, inclusive na questão logística, com as aeronaves utilizadas hoje", acrescentou Uálame Machado.

Durante sete dias, peritos estiveram na Fazenda Santa Lúcia, para a reconstituição da ação, finalizada no domingo, 9. A partir de agora começa a fase de elaboração do laudo. Ao todo, mais de 30 versões serão analisadas. "Mas nada impede que o laudo seja concluído tendo pendente algumas diligências, isso é comum. O laudo de balística, por exemplo, deve ficar pronto ainda nesta semana", acrescentou Uálame Machado.

 

Segundo o secretário de Segurança, o pedido de prisão temporária não irá influenciar nas apurações das corregedorias das polícias Civil e Militar. "A nossa posição é aguardar o término do inquérito pelo seu presidente para podermos ter nossa conclusão definitiva", finalizou o general Jeannot Jansen.

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