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Geração de emprego cai pelo nono mês consecutivo no Pará
26/05/2016 10:30 em Notícias

O estoque de empregados no Estado do Pará registrou pelo nono mês consecutivo saldo negativo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, foram eliminados 2.128 postos de trabalho no Estado em abril passado, decorrente de 20.437 admissões contra 22.565 desligamentos.

Foi o terceiro pior resultado do mercado de trabalho formal do Pará no mês de abril desde o início da série histórica regional - iniciado em 2003. Somente no ano passado e em 2009, os saldos foram piores: -2.980 e -2.143, respectivamente. A última vez em que o Estado teve mais vagas abertas do que fechadas foi em julho de 2015, quando foram anotados 2.634 novos postos de trabalho com carteira assinada. Nos nove meses seguintes, o Estado perdeu mais de 36 mil vagas formais.

No primeiro mês de 2016, a queda de empregos no Pará também foi bem intensa, com queda de 4.470 postos de trabalho. Em fevereiro foram eliminados 2.364 empregos e em março, 5.296. Pelos dados do Ministério do trabalho, na passagem de março para abril, a redução do estoque de empregos do Estado foi de 0,28%.

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos quatro primeiros meses desse ano, houve decréscimo de 12.504 postos no Pará, o que representa uma baixa de 1,61% em relação ao mesmo período de 2015. Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses o Caged apontou um decrescimento de 5,20% no nível de emprego, representando a perda de 41.878 postos de trabalho.

O desempenho negativo do Pará acompanhou o resultado de outros 20 estados e da média nacional, que eliminou 62.844 empregos formais em abril. Em todo o Brasil, foram desligados 1.321.814 trabalhadores e admitidos 1.258.970. Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Pará foi o 12º Estado que mais perdeu assalariados com carteira assinada no mês, em números absolutos.

São Paulo (-16.583), Rio de Janeiro (-11.754), Rio Grande do Sul (-7.383), Alagoas (-7.102) e Pernambuco (-5.255) apresentaram os piores desempenhos do País. Por outro lado, os únicos Estados a fecharem o mês com estoque de empregos formais positivamente foram Goiás (5.170), Minas Gerais (3.886), Distrito federal (1.202), Mato Grosso do Sul (919), espírito Santo (466) e Amapá (50).

De acordo com o Caged, o resultado negativo do mercado de trabalho do Pará decorreu da diminuição do emprego principalmente nos setores da Construção Civil (-1.030 postos) e do Comércio (-1.003 postos). Ainda tiveram saldo negativo a Agropecuária (-264), a Indústria de Transformação (-248), os Serviços Industriais de Utilidade Pública - SIUP (-52) e a Administração Pública (-5).

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