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Câncer de próstata atinge 180 homens por ano no Pará
15/07/2016 09:13 em Notícias

Anualmente, cerca de 180 novos pacientes ingressam no Hospital Ophir Loyola (HOL) para tratar o câncer de próstata. De acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), no ano de 2013 - a mais recente atualização feita pelo órgão -, houve a internação de 183 homens no Pará, devido ao câncer de próstata. Trata-se do mais incidente entre os homens de todas as regiões do País. Já os dados do HOL mostram que, de 2000 a 2014 foram atendidos no hospital 2.553 casos da doença. As campanhas de prevenção, que normalmente ocorrem no mês de novembro, voltaram à tona esta semana em virtude do Dia do Homem, comemorado hoje em todo o Brasil.   

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, estratificado pelo Grupo Fácil Consultar, o câncer de próstata é líder em incidência entre homens do Pará, totalizando 25,09% dos casos da doença desenvolvidos por indivíduos do sexo masculino. Entre 2000 e 2013, foram registradas 2.557 mortes no estado em virtude da doença. Segundo aponta o urologista João Fabrício Mesquita, no caso do câncer de próstata, o ponto chave é a ausência de sintomas específicos. “Ocorre uma alteração no fluxo urinário, que se torna fraco ou interrompido. Além disso, é comum o paciente sentir vontade de urinar com mais frequência”, comenta. Ele reforça que estes sintomas facilmente são confundidos aos fatores do envelhecimento.

“Nem todo paciente apresenta essas manifestações irritativas. Eles acham que é uma questão do envelhecimento. Dores e sangramento são raros”, explica. Ainda de acordo com o médico, quando a doença se agrava correm dores ósseas, fraturas, dor na coluna, entre outros. “Todo tumor, quando avança, se espalha pelo corpo e pode desencadear outros problemas. No caso do câncer de próstata, os primeiros órgãos de derivação são os ossos e os que integram o sistema urinário, como a bexiga e a uretra”, completa.

Mesquita aponta duas formas de tratamento: o localizado, quando a doença é detectada na fase inicial; e o controle, quando o câncer está em etapa avançada. “Nas situações de tumor localizado, o combate é feito a partir da cirurgia e da radioterapia. A cirurgia prostatectomia radical é a que mais comum. Outro tratamento é dizimar o tumor com a radiação”, informa. Ele explica que no caso da doença estar avançada, apenas é possível fazer o controle, freando os avanços. “Nesse caso, a questão é prolongar a vida do paciente acometido a doença”, diz. 

O médico explica que o tumor de próstata não tem prevenção, dada a origem depender de fatores genéticos. “O que podemos fazer é o rastreio para a prevenção precoce. A ideia é identificar no início, quando tem tratamento”, sugere. Mesquita diz que, atualmente, as pessoas que têm baixo risco, ou seja, que não apresentam casos do câncer de próstata na família são orientadas a fazer exames a partir dos 40 anos, de acordo com as recomendações de médicos norte-americanos. “Até os 49 anos, este exame pode ser bianual, e, a partir dos 50, a orientação é que a consulta ocorra uma vez a cada doze meses. “A função do urologista é cuidar do envelhecimento do homem, para que tudo possa ocorrer bem. O homem está um pouco mais esclarecido, porém, ainda há muito que avançar e tabus a serem quebrados”, conclui. 

 

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