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Morre o Médico e Ecologista Camilo Vianna, aos 93 anos
11/09/2019 01:43 em Notícias

Ele dedicou 80 anos da vida à preservação da Amazônia

 

No momento em que a Amazônia está na pauta internacional entre chefes de Estado, por causa das queimadas, a região perde um de seus maiores defensores: faleceu na noite desta terça-feira (10) o médico e ecologista Camillo Martins Vianna. Ele tinha anos 93 de idade e foi vítima de complicação renal, como informou a família. Camilo Vianna faleceu por volta das 22h30 em um hospital particular em Belém. Ele tinha 80 anos de defesa da Amazônia, atuando dentro e fora do Brasil.

 

O velório dele ficou de ser realizado na Federação Educacional Infantojuvenil (FEIJ), na avenida Magalhães Barata, em frente ao Parque da Residência, no bairro de São Brás. Às 16 horas, sairá o enterro com destino ao Cemitério Max Domini, em Marituba. O médico Camillo Vianna será cremado. Camillo Vianna notibilzou-se como um ecologista atuante.

 

Ele foi um dos pioneiros no Estado e na Região Amazônica a falar sobre a preservação do meio ambiente, referindo-se à floresta. Conhecedor profundo da flora e fauna amazõnidas, Vianna tornou-se referência para pesquisadores, jornalistas e entidades preocupados com a preservação da Floresta Amazônica.

 

Para encaminhar projetos e acirrar a luta em prol da Amazônia, Camillo Vianna fundou, em 1968, a Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia (Sopren). Camillo Vianna nasceu em Belém, em 14 de abril em 1926. Destacou-se como médico, folclorista e, sobretudo, como ambientalista.

 

Ele se formou pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Estado do Pará e teve no Museu Paraense Emílio Goeldi seu primeiro emprego. Vianna buscou sempre sensibilizar gestores públicos e a sociedade em geral acerca da necessidade de serem preservados os recursos naturais na região, como estratégia de sobrevivência não apenas dos povos e comunidades tradicionais que vivem na Floresta Amazônica, mas, também, cidadãos dos núcleos urbanos.

 

Por diversas ocasiões, o médico e ambientalista posicionou-se em manifestações contra o desmatamento e uso irracional de áreas verdes na região. Idealizou as Semanas Amazônicas de Preservação e organizou o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu.

 

Camilo Vianna atuou na educação, saúde e meio ambiente na Região do Tapajós e contribuiu na alfabetização de comunidades ribeirinhas, inclusive, utilizando cordéis. Atuou como vice-reitor e pró-reitor de extensão da Universidade Federal do Pará. 2018, quando a Universidade do Estado do Pará (Uepa) completou 25 anos, Camillo Vianna recebeu o título de doutor honoris causa em reconhecimento ao seu trabalho em prol da região que tanto amou.

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