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Acusados de matar bebê são indiciados por tortura, estupro de vulnerável e feminicídio
17/01/2020 13:15 em Notícias

Padrasto e mãe da menina foram presos preventivamente

 

Deyvid Renato Oliveira Brito, de 31 anos, e Irislene da Silva Miranda, de 28, foram indiciados por tortura, estupro de vulnerável e feminicídio após conclusão de inquérito instaurado pela Polícia Civil. Os dois são acusados de matar a bebê de um ano e oito meses em Parauapebas, no sudeste do Pará, no dia 8 de janeiro deste ano. A criança sofria constantes abusos sexuais cometidos pelo padrasto, com anuência da mãe, e morreu de traumatismo crânio encefálico após ser espancada pelo abusador.

 

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Parauapebas, que apurou o caso, afirmou que a criança era vítima de agressões físicas frequentes e estupros e acabou morrendo em uma dessas sessões de tortura. Os abusos sexuais e os espancamentos eram cometidos pelo padrasto, mas ficou confirmado que a mãe consentiu com as práticas criminosas contra a filha.

 

No laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) da localidade, que apontou as causas da morte da menina, foram relatadas diversas lesões na cabeça da bebê, resultantes das agressões rotineiras. Também foram encontradas, após exame de necropsia, lesões no pulmão, na região pélvica, braços, pernas, orelhas e dois machucados expressivos nas costas da criança.

 

Conforme apurou a delegada Ana Carolina Carneiro de Abreu, titular da Deam de Parauapebas, a bebê era espancada até desmaiar para "facilitar" os estupros. A criança, segundo apontaram as apurações policiais, era agredida pelo padrasto até desfalecer, para que ela não chorasse durante os estupros cometidos pelo abusador, impedindo que moradores do entorno descobrissem o crime. No entendimento da delegada, a criança estava sendo torturada.

 

Os dois acusados foram presos preventivamente e no prazo de cinco dias será oferecida denúncia pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), que possivelmente encaminhará o casal ao tribunal do júri.

 

Fonte: O Liberal

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