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Entrando no 22º dia,Greve dos bancários não tem prazo para terminar
27/09/2016 09:21 em Notícias

Entrando no 22º dia, a greve dos bancários não tem prazo para terminar.  A categoria pede reajuste de 14,78% - o que representa 5% acima da inflação do período -, mas os bancos ofereceram aumento salarial de 7% e abono de R$ 3,3 mil, proposta essa que foi recusada. Até a manhã de ontem, não havia nenhuma nova mesa de negociação agendada entre bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). "A gente tem as nossas principais reivindicações. Além do reajuste, queremos melhores condições de trabalho, com contratação de mais bancários, abertura de novas agências e garantia de mais segurança nas agências", declarou Rosalina Amorim, presidente do Sindicato dos Bancários do Pará. 

A entidade negocia diretamente com o Banco do Estado do Pará (Banpará) e Banco da Amazônia, mas as conversas com essas duas instituições financeiras também não avançaram. Segundo Rosalina, elas aguardam a posição da Fenaban antes de dar uma resposta à categoria. "Não tem mesa marcada (com a Fenaban), então a greve não tem previsão de terminar", afirmou Rosalina. 

Ela explica que a categoria também espera reajuste em outros benefícios, como tíquete alimentação e auxílio creche. Ano passado, de acordo com Rosalina, a greve dos bancários durou 26 dias. A paralisação mais demorada que ela recorda foi a de 2004, que chegou a 30 dias. 

PROBLEMAS

Enquanto a paralisação dos bancários não acaba, muitas pessoas vêm enfrentando problemas por falta de atendimento. É o caso do administrador Marcelo Coelho de Souza, de 59 anos, que também é síndico do condomínio em que mora. Ele está tentando recolher os encargos sociais do condomínio, mas enfrenta dificuldades por causa de um problema na documentação e procurou uma agência da Caixa Econômica, na manhã de ontem. "Eu vim, na verdade, porque o gerente tinha marcado comigo para atualizar a ata do condomínio. Eu falei com ele já durante a greve e ele me recebeu, mas agora disseram que ele não está. Acho que tem coisa que dá para ser resolvida pelo autoatendimento, mas o meu caso não dá para fazer de outra forma", disse. 

A estudante Eva Carolina Eymard, de 30 anos, também não sabe mais o que fazer diante da greve dos bancários. Ela foi vítima de um golpe no cartão de crédito. Ao tentar sacar dinheiro, o cartão ficou preso e um homem ofereceu seu celular para que ela pudesse ligar para o banco. Todo não passava de uma armação e, durante a ligação, ela teve todos os dados roubados. Logo depois, recebeu o extrato no celular e descobriu que R$ 500 haviam sido retirados de sua conta. 

Por telefone, a jovem conseguiu trocar o cartão. "Mas eu estou com medo, quero trocar a senha e saber se o banco tem como resolver o meu problema, ressarcir o prejuízo", disse. Sem atendimento, Eva ainda não conseguiu resolver essa questão. Ela conta que está desde o dia 8 de setembro tentando resolver o problema. "Eu estou na aflição".

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