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Procura por atendimento para casos suspeitos de covid-19 aumentou em Belém
20/10/2020 22:05 em Notícias

 

Entidade confirma que ambulatórios têm registrado maior movimentação de pacientes com sintomas relacionadas ao novo coronavírus

 

As unidades de saúde têm registrado procura maior de setembro para cá, diz o sindicato

(Fábio Costa / O Liberal)

 

O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) confirma aumento na procura, nos ambulatórios, de pacientes com sintomas da covid-19, em Belém. “Nós temos percebido que a procura nos ambulatórios de pacientes com sintomas que podem indicar o diagnóstico da covid aumentou. Isto não só nos hospitais públicos, mas, também, nos hospitais e nos ambulatórios privados”, disse, na manhã desta terça-feira (20), o diretor de Comunicação do sindicato, doutor Wilson Machado.

 

“É verdade que os casos graves que são diagnosticados com a covid, e precisam de internamento, e principalmente internamento em UTI, não aumentaram. Não temos percebido até aqui esse aumento, haja vista que os índices oficiais da Secretaria de Saúde têm se mantido os mesmos. E os leitos disponíveis de UTI têm se mantido com a metade da ocupação”, afirmou. Mas, acrescentou ele, “é inegável que, nos ambulatórios (pacientes co sintomas que possam chegar ao diagnóstico da covid), aumentou sim”. Ele afirmou que esse aumento começou em setembro.

 

Wilson Machado disse que asma, bronquite e gripe são patologias que podem agravar um quadro da covid. “Portanto, são sintomas ou patologias preexistentes que podem, naqueles que forem acometidos pela covid, ter seu quadro agravado. É o que chamamos de pacientes que têm comorbidades - portanto, doença preexistentes ou doenças naquele momento que possam facilitar o agravamento do quadro da covid. Além das doenças próprias do pulmão, como já falamos, há de se fazer referência aos pacientes diabéticos, com hipertensão arterial, com doenças cardíacas, pacientes obesos. Todos esses são casos que agravam o quadro da covid”, acrescentou.

 

Sindicato recomenda que sejam mantidos os cuidados sanitários

 

Wilson Machado atribui o aumento do número dos casos em função da aglomeração das pessoas nas ruas, praças, restaurantes. “O lockdown foi suspenso e compreende-se porque isso tem um limite de tolerância a partir do qual as pessoas começam a apresentar desequilíbrio emocional e outras complicações e causam outros problemas, inclusive para a economia, porque as pessoas param de produzir e passar a ter dificuldades de sobrevivência. Compreendemos bem isto e sabemos que o lockdown agora é difícil”, disse. “Mas muito do aumento dos casos se dá em função da volta das pessoas à rua, à atividade normal, o que aumenta o contato e a transmissão da doença. O que o Sindicato recomenda, entendendo a dificuldade do isolamento social, é que se mantenha, no mínimo, os cuidados recomendados pelas autoridades sanitárias – ou seja, uso permanente da máscara, o uso correto da máscara (tirá-la cordão e descarta-la periodicamente. As que são reutilizáveis devem ser lavadas periodicamente). Higienizar permanentemente as mãos com água e sabão ou álcool e evitar aglomerações o máximo que possa”. Dr. Wilson acrescentou: “O fato de ter liberdade de ir à rua não deve se entender como frequentar lugares desnecessariamente, como shows ou eventos que possam aglomerar pessoas”.

 

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