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Venezuelanos se rebelam e deixam abrigo em Parauapebas
06/06/2021 11:12 em Notícias

Ao todo são 56 indígenas venezuelanos da tribo Warao, acolhidos pela Prefeitura Municipal de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), em abrigo exclusivo para atender aquela comunidade que esteve nas ruas  até ser destinado para lugar apropriado com segurança e alimentação.

Mesmo com a total assistência oferecida pelo governo municipal tendo, inclusive, além da alimentação, assistência médica e escolar, a presença deles nos semáforos pedindo dinheiro aos transeuntes e motoristas era constante; havendo também exposição de crianças para sensibilizar os possíveis doadores.

A equipe de reportagens acompanhou uma ação conjunta feita pela SEMASConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Parauapebas (COMDCAP) e Conselho Tutelar, com o apoio da Guarda Municipal, quando o objetivo era retirar das ruas as crianças. “Os adultos, mesmo tendo toda a assistência no abrigo, não podemos coibí-los, pois, isso feriria o direito à liberdade de ir e vir”, explicou na época o presidente do COMDCAP, Aldo Serra.

Nossa equipe visitou também o abrigo e certificou a oferta serviços, onde a alimentação é servida pronta, tendo ainda piscina.

De acordo com Aldo, com o abandono do abrigo, a situação muda de figura e o ato de proteger as crianças, conforme determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), fica bem mais difícil, pois, já que não estão no abrigo, sempre estarão nas ruas. Quando eles estão no abrigo, não vão com as crianças para os semáforos. Mas, como estão nas ruas, a ação de retirada não surte muita eficácia, por isso, nosso esforço é para que retornem ao abrigo, explicou Aldo.

A reportagens esteve no local onde alguns venezuelanos armaram acampamento, que fica em uma praça nas proximidades do Terminal Rodoviário de Parauapebas, e lá conversou com Maria Atia, que se apresentou com líder daquele grupo. Segundo ela, a reivindicação é que seja criado um segundo abrigo, pois, o que já existe está muito cheio e diversos problemas tem se apresentado por lá. Queremos a presença da prefeitura para resolver nosso problema, apelou Maria Atia, mostrando o local com muitas crianças.

O presidente do COMDCAP, Aldo Serra, disse ser prioridade a proteção das crianças e adolescentes. E conta ter passado toda a manhã reunido com representantes da SEMAS e do Conselho Tutelar, de onde veio a informação de que, entre as reivindicações do grupo, está a aquisição de máquina de lavar para cada família. Pesquisamos em diversos municípios brasileiros, inclusive na capital paraense, e em nenhum deles tem serviço tão completo quanto o oferecido aqui em Parauapebas, garante Aldo, dando conta ainda de que a convivência com os indígenas Warao, abrigados, é motivo de preocupação por parte do poder público, já que estes tem apresentado comportamento agressivo contra os servidores que os atende.

A SEMAS, através da Assessoria de Comunicação (ASCOM), encaminhou à redação do Portal Pebinha de Açúcar, uma nota de esclarecimento, confira na íntegra:

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) informa que as famílias “Warao” que estão acampadas na praça em frente à rodoviária permanecem no local por escolha própria.
A equipe técnico-social da Semas vem cumprindo todos os protocolos de atendimento previstos na esfera federal, estadual e municipal e recentemente foi disponibilizado um novo Acolhimento com toda estrutura necessária, para a moradia de 51 pessoas que estão vivendo em Parauapebas.

Em relação à exposição de crianças e adolescentes, a Semas informa ainda que os conselhos Tutelar, da Criança e Adolescente e de Assistência Social foram informados e estão acompanhando a situação.
A Prefeitura de Parauapebas mantém o diálogo aberto com os indígenas e aguarda, o mais breve possível, o retorno das famílias para o referido Acolhimento”.

 

Pebinha de Açucar

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