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Operação da PF prende suspeitos de desmatamento ilegal na Floresta Nacional do Jamanxim
06/10/2021 10:28 em Notícias

Área desmatada ilegalmente chega a mais de 30 mil hectares, sendo mais da metade em área preservada. Mais 18 mandados de busca e apreensão serão cumpridos no Pará e mais dois estados

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (6), a operação SOS Jamanxim. O trabalho ocorre no Pará, no Mato Grosso e em Santa Catarina. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária e mais 18 de busca e apreensão. A suspeita é de que um grupo criminoso tenha desmatado cerca de 30 mil hectares, sendo 16 mil no território da Floresta Nacional do Jamanxim, no município de Novo Progresso (sudoeste paraense), uma área preservada por decreto presidencial desde fevereiro de 2006. As investigações seguem.

Desde a criação, a Flona do Jamanxim já teve 160 mil hectares de floresta devastada, do total de 1,3 milhão de hectares de extensão. As investigações da Polícia Federal utilizam dados de imagens de satélite de alta resolução do Programa Brasil Mais (PLANET). A modalidade de desmatamento praticada na área – corte raso – é considerada a mais danosa à natureza, pois realiza a remoção total de qualquer forma de cobertura vegetal, com objetivo de promover plantio de pasto e criação de gado.

"O modus operandi dos criminosos é sempre o mesmo: invadem terras públicas da União, fazem o corte seletivo da madeira economicamente viável e depois suprimem toda a vegetação, inclusive, com uso de fogo, para plantio de pasto e criação de gado. Houve ainda o decreto de sequestro/bloqueios de bens até o valor de R$ 310.884.869,19 (trezentos e dez milhões, oitocentos e oitenta e quatro mil e oitocentos e sessenta e nove reais e dezenove centavos), visando a reparação do dano ambiental, conforme valores quantificados em laudos periciais", informa a PF, em nota sobre a ação.

Os crimes investigados, como aponta a Polícia Federal, são: associação criminosa, desmatamento em unidades de conservação e/ou terras públicas, usurpação de terras públicas, produção de documentos falsos e uso de documentos falsos, todos crimes descritos no Código Penal Brasileiro e na Lei Ambiental, com penas previstas superiores a 20 (vinte) anos de reclusão. O nome da operação faz alusão à área da unidade de conservação desmatada.

Fonte: O Liberal

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