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Ex-repórter da Record vira réu em mais um processo por importunação sexual
29/10/2021 06:27 em Notícias

A ação judicial é decorrente de denúncias feitas por quatro funcionárias do ‘Domingo Espetacular’

Gérson de Souza, ex-repórter do ‘Domingo Espetacular’, virou réu em mais um processo de importunação sexual, movido por uma produtora do telejornal. O caso, ocorrido em 2019, faz parte de uma denúncia em grupo, feita por quatro funcionárias do programa da Record.

Informações divulgadas pelo jornalista Rogério Gentile, em coluna no UOL, apontam que essa é a segunda ação judicial aceita contra o repórter, após recurso levado ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 2020, apenas uma das quatro denúncias havia sido aceita e levou à demissão do jornalista.

No novo processo, a produtora do ‘Domingo Espetacular’ afirmou que frequentemente ouvia comentários ofensivos sobre sua aparência, como “sua gostosa” e “sua delícia”, e sobre suas roupas. O documento descreve, ainda, que ele frequentemente a cumprimentava com beijo próximo à boca e fazia insinuações de cunho sexual.

O pedido de recurso foi analisado pela desembargadora Fátima Gomes, que considerou que os fatos apontados são, “em tese”, enquadrados como importunação sexual. Segundo o Código Penal, o crime prevê prisão de até cinco anos. Ainda à coluna do portal de notícias, o advogado de Gérson de Souza afirmou que recorrerá à nova decisão e destacou o fato de duas denúncias não terem sido aceitas pela Justiça.

Na época em que as denúncias vieram à tona, em maio de 2019, Gérson de Souza comentou o caso nas redes sociais. Em legenda de foto publicada no Instagram, o repórter nega as acusações e afirma ser “um homem que respeita seus colegas, independentemente de seu gênero”.

Demissão da Record

Um ano e cinco meses após as denúncias serem feitas ao Ministério Público, a Record demitiu o jornalista. Durante o período, o repórter da emissora foi afastado, enquanto o desfecho das investigações policiais era aguardado. O desligamento foi efetivado quando Gérson de Souza tornou-se réu em ação movida por uma das vítimas.

Internamente, no departamento de Recursos Humanos da empresa de comunicação, mais denúncias contra o jornalista foram feitas. Na época, 12 mulheres afirmaram ter sido vítimas de assédio sexual há anos, com constrangimentos que iam de palavras maliciosas a toques físicos.

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