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Urina Preta: Pará está há 13 dias sem novos casos suspeitos
10/11/2021 12:17 em Notícias

Última notificação foi no dia 28 de outubro, em Santarém. Desde então, a crise de saúde que afetou o setor pesqueiro parece ter estagnado

Atualmente, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informa que investiga um total de 25 casos suspeitos de síndrome de Haff, vulgarmente conhecida como "doença da urina preta". A última notificação ocorreu em 28 de outubro, no município de Santarém, que lidera o número de casos suspeitos. Até agora, todos os casos são considerados suspeitos e nenhum teve de fato confirmação formal.

Santarém concentra 13 casos suspeitos sendo investigados. Há ainda notificações de Belém (2), Juruti (3), Almeirim (2), Afuá (2), Breves (2) e Trairão (1). E desde a última notificação, já se passaram 13 dias sem novos casos. Lentamente, a população tem deixado de lado o temor de consumir pescados e as vendas tiveram uma sensível recuperação.

Cleiton Costa trabalha há 22 anos no mercado de peixe do Ver-o-Peso e afirma que nem no início da pandemia de covid-19 as vendas tiveram tanta queda e que tenta conscientizar os clientes sobre o consumo. "Pelo menos 70% das vendas caíram. Eu já vi aqui perderem mercadoria, isso só não acontece comigo pois trabalho com filé, quando não vende eu armazeno direito e congelo. E tenho muitos clientes de restaurantes. Mas aqui dentro do mercado, as vendas caíram, a movimentação tá fraca", explica o comerciante.

O cozinheiro Maurício Santos, 19 anos, sentiu as vendas diminuírem. Como trabalhar com marmitas e salgados, a procura tem sido maior em outros pratos, em detrimento dos pescados." Eu leio bastante sobre a questão da urina preta, sou cozinheiro. As vendas foram impactadas. As pessoas estão voltando a comprar agora... Quando vínhamos comprar peixe no mercado, eram poucas pessoas que estavam comprando. E eu vendo marmitas. Muita gente deixou de comprar as marmitas de peixes. Deixaram de comprar empada de camarão. E agora que as pessoas estão se sentindo seguras para voltar a comer e comprar", disse.

"Os exames sanguíneos e de urina dos casos suspeitos foram encaminhados, por meio do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), para laboratório de referência fora do Estado, por isso o resultado não depende da Sespa e até o momento não há previsão. No entanto, a Sespa salienta que o tratamento do paciente não depende do resultado desse exame tampouco as ações que devem ser adotadas pelos municípios de notificação e monitoramento, bem como ações de vigilância”, informa a Sespa, por nota.

 

Fonte: O Liberal

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