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PF prende 14 acusados de vender terras do Governo Federal
17/02/2016 15:15 em Notícias

Acusados são ligados a movimento social, ocupavam lotes e depois vendiam em Marabá

Quatorze pessoas foram presas na madrugada desta quarta-feira (17), em Marabá, sudeste paraense, acusadas de pertencer a uma organização criminosa ligada a um movimento social. Pelo esquema, essas pessoas invadiam lotes próximos ao aeroporto da cidade, na invasão conhecida como 'Piçarreiras',  além de terras da união, e enganavam pessoas carentes com falsas promessas sobre a posse das terras. As prisões aconteceram dentro da operação 'Piçarreiras' e envolveran cerca de 60 policiais, que cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, quatro conduções coercitivas e sete mandados de busca e apreensão na cidade.

Segundo informações da Polícia Federal, os acusados invadiam lotes próximos ao aeroporto de Marabá desde 2011. Eles fundaram 'associações', por onde arrecadavam dinheiro de pessoas humildes e ocupavam as terras próximas ao local, comercializando as áreas e repassando pequenos lotes. Alguns terrenos chegaram a ser negociados por até R$ 70 mil. A polícia chegou a encontrar no local construções de alto padrão.  

Nas investigações, o que chamou a atenção dos policiais federais foi o alto grau de articulação do grupo criminoso junto a órgãos e servidores públicos. Os líderes do movimento e integrantes da associação criminosa tinham contatos junto à diversas entidades como: Superintendência Patrimônio Público da União, Superintendência de Desenvolvimento Urbano de Marabá, Câmara de Vereadores e prefeitura.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, a invasão próxima ao aeroporto já teria provocado prejuízos de cerca de R$ 4 milhões por causa de danos aos muros do aeroporto, segundo dados da Infraero. Além disso, o local ainda oferece risco para os pousos e decolagens, já que fica próxima à cabeceira da pista.

Todos vão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, crime de dano e invasão de terras públicas com finalidade de loteamento. As penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

(Fonte:ORM)

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