Uma reunião na Câmara Municipal de Imperatriz contou com vereadores contrários à proposta do prefeito Assis Ramos de substituir a CAEMA por uma empresa privada.(Foto: Divulgação)

A principal preocupação dos vereadores e do gestor regional da CAEMA, é o risco de aumento das tarifas de fornecimento de água para a população

Por: Carlos Leen (O Imparcial)

Na manhã desta terça-feira (13), uma reunião na Câmara Municipal de Imperatriz contou com vereadores contrários à proposta do prefeito Assis Ramos de substituir a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) por uma empresa privada.

A principal preocupação dos vereadores e do gestor regional da CAEMA, Adonilson Lima, é o risco de aumento das tarifas de fornecimento de água para a população.

A CAEMA, que possui um contrato de prestação de serviços de fornecimento de água para o município de Imperatriz válido até 2051, tem sido alvo das ações do prefeito Assis Ramos, que busca quebrar esse contrato e promover a privatização da companhia.

Essas movimentações têm causado apreensão entre os vereadores e a população em geral, devido às possíveis consequências negativas para o acesso a água e aos potenciais aumentos nas tarifas.

O atual gestor regional da CAEMA, Adonilson Lima, expressou sua preocupação com a situação e afirmou que a Companhia fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir o cumprimento da lei e dos contratos. Ele ressaltou que, no caso da audiência pública proposta pela gestão municipal, a CAEMA estará presente para reforçar a importância dos serviços prestados pela Companhia.

O vereador Manchinha (PSB) destacou que essa luta vale a pena, pois visa o bem-estar social, sempre respeitando os trabalhadores e toda a população de Imperatriz.

“Nós vereadores contrários a proposta do prefeito estamos empenhados em garantir que os interesses da população sejam preservados e que a continuidade dos serviços de abastecimento de água seja garantida, sem que haja aumentos abusivos nas tarifas.” Disse Manchinha.

Estiveram presentes na reunião, além do gestor Adonilson Lima, os vereadores Bebé Taxista (AVANTE), Flamarion Amaral (PCdoB), Aurélio Gomes (PT), Berson do Posto (SDD), Carlos Hermes (PCdoB) e Manchinha (PSB).

Nesta semana, a gestão municipal tem enfrentado questionamentos em relação à legalidade de suas ações, pois há acusações de desrespeito às decisões judiciais e à constitucionalidade. A proposta de realizar uma audiência pública, cujo teor não encontra respaldo jurídico, tem gerado controvérsias e acentuado o debate em torno do futuro da CAEMA em Imperatriz.

Enquanto a batalha entre os vereadores e o prefeito Assis Ramos continua, a população de Imperatriz aguarda com apreensão o desenrolar dessa situação, ciente dos possíveis impactos nas tarifas de fornecimento de água e na qualidade do serviço prestado. A defesa dos interesses sociais e a garantia do acesso à água potável permanecem como principais preocupações em meio a essa controvérsia.