Por Vinícius Valfré (Estadão)
O ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli (PSB), ficou fora do alto escalão do governo, mas mantém uma posição de influência que rende até R$ 19 mil extras por mês.
O número 2 da gestão de Flávio Dino foi colocado, em outubro, no Conselho de Administração da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) e permanecerá na cadeira até agosto deste ano.
Ele entrou pela cota do Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável (BNDES), que tem participação na empresa e pode fazer indicações ao Conselho. A empresa tem 12 conselheiros, dos quais quatro foram indicados pelo banco e aprovados em assembleia da companhia.
Além de Cappelli, também integram o conselho os ministros José Múcio, da Defesa, e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, e o assessor especial da Presidência da República Celso Amorim.
Procurada, a Casa Civil informou que os questionamentos deveriam ser feitos ao BNDES.
Em nota, o banco de fomento informou que as indicações buscam “levar experiência às instâncias estratégicas dessas empresas” e que Cappelli tem “mais de 23 anos de experiência na administração pública brasileira tendo ocupado cargos de direção nos três níveis de governo”.
À reportagem, o ex-secretário-executivo destacou trabalhar “como executivo do setor público há 23 anos” e que tem “larga experiência em gestão”.