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Mais de 2 mil postos de trabalho foram fechados no Pará
23/03/2016 13:21 em Notícias

Foi o segundo pior resultado do mercado de trabalho formal do Pará no mês de fevereiro

 

O número de empregados no Pará registrou pelo sétimo mês consecutivo saldo negativo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram eliminados 2.364 postos de trabalho no Estado em fevereiro passado, decorrente de 21.693 admissões contra 24.057 desligamentos.

Foi o segundo pior resultado do mercado de trabalho formal do Pará no mês de fevereiro desde o início da série histórica regional - iniciado em 2003. Somente em 2010, o saldo foi pior: - 2.484. Em fevereiro do ano passado, o desempenho também foi negativo, porém com uma redução bem inferior, de menos 851 postos de trabalho. No primeiro mês de 2016, a queda de empregos no Pará também foi bem intensa, com queda de 4.470 postos de trabalho. Pelos dados do ministério, na passagem de janeiro para fevereiro, a redução do estoque de empregos do Estado foi de 0,31%.

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, no acumulado dos dois primeiros meses desse ano, houve decréscimo de 6.717 postos no Pará, o que representa uma baixa de 0,87% em relação ao mesmo período de 2015. Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses o Caged apontou um decrescimento de 4,95% no nível de emprego, representando a perda de 40.058 postos de trabalho.

O desempenho negativo do Pará acompanhou o resultado de outros 20 estados e da média nacional, que eliminou 104.582 empregos formais em fevereiro - o pior comportamento já registrado pelo Caged. Em todo o Brasil, foram desligados 1.381.202 trabalhadores e admitidos 1.276.620. Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Pará foi o 15º estado que mais perdeu assalariados com carteira assinada no mês, em números absolutos. Rio de Janeiro (-2.287), São Paulo (-22.110) e Pernambuco apresentaram os piores desempenhos do País, enquanto Rio Grande do Sul (6.070), Santa Catarina (4.793) e Mato Grosso (3.683) os melhores resultados.

De acordo com o Caged, o resultado negativo do mercado de trabalho do Pará decorreu, principalmente, do declínio do emprego nos setores da Construção Civil (-1.692 postos), da Indústria de Transformação (-636 postos) e da Agropecuária (-628) cujos saldos superaram a expansão do Comércio (+733 postos) e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública - SIUP (+220).

Na comparação entre os municípios paraenses, a Região Metropolitana de Belém registrou crescimento de 286 empregos formais em fevereiro (+0,08% em relação ao estoque de janeiro), sendo Belém o maior responsável pela alta na RMB e em todo o Estado. Foram 7.353 contratações na capital contra 6.788 demissões, o que resultou um saldo positivo de 565 postos (+0,21%). Castanhal aparece na sequência, com 211 novos postos (+0,78%), decorrente de 940 admissões e 729 desligamentos.   

Na outra ponta, Altamira foi o principal responsável pela redução de assalariados com carteira assinada no Estado, com a perda de 1.317 postos no mês (-4,97%). Foram 2.225 trabalhadores demitidos e 908 contratados. Marabá também puxou o saldo negativo do mercado de trabalho formal do Pará em fevereiro, com menos 421 empregos (1.424 desligamentos e 1.003 contratações).

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