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Pará: 119 menores sumiram este ano
22/06/2016 09:40 em Notícias

Até 15 de junho deste ano, no Pará foram registrados 119 desaparecimentos de menores de idade, destes, 88 foram encontrados, pela Polícia Civil, através da Divisão de Atendimento ao Adolescentes (Data). Os motivos das fugas são vários, mas os principais são as amizades e os relacionamentos afetivos. “Devemos dar uma liberdade paulatina e vigiada”, orienta Adriana Magno, diretora da Data. 

A Divisão mantém um serviço de identificação e localização de crianças e adolescentes desaparecidos e, quase 99% dos casos são solucionados, o que não deixa de preocupar as autoridades. “Nós os achamos, mas essas fugas podem não ter finais felizes”, alerta Adriana Magno. Segundo ela, as meninas são as que mais saem de casa. Em 2015, foram registrados 387 desaparecimentos no Pará. Desse total, 297 foram de meninas, contra 90 casos envolvendo meninos. No total, 352 menores de idade foram achados e voltaram ao seio familiar. 

REDES SOCIAIS

 Com o amplo acesso às redes sociais, elas se relacionam em grupos e, em muitos casos, acabam indo em busca de outras experiências e rotinas longe de casa. “Geralmente os grupos e namorados as fazem fugir”, relata Adriana. Para o sucesso nas investigações, a Diretora orienta que os pais ou responsáveis procurem as delegacias dos bairros, assim que notarem o desaparecimento do filho. Não existe prazo mínimo para comunicar as autoridades. A ocorrência segue ao sistema da DATA que faz a investigação. “Geralmente encontramos as crianças em 72h, quando somos informados rapidamente”, lembra Adriana Magno.

INVESTIGAÇÕES

A diretora da Data diz ainda que, com a denúncia, todos os meios de acesso de saídas do Estado são bloqueados e, geralmente, os menores de idade são achados na Região Metropolitana de Belém e no interior do Pará. “Alertamos aos portos, aeroportos e estradas, o que dificulta a saída”. Ao fazer o registro na Data, é preenchido um formulário com informações pessoais e sociais dos desaparecidos. “Começamos a procurar vestígios nas redes sociais e nos telefones. É importante os pais terem as senhas dos filhos”, orienta. 

ATO PÚBLICO

Amanhã, na praça da República, em Belém, um ato público vai reforçar a luta em defesa das crianças desaparecidas. O evento reúne representantes do o Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA). A proposta é mobilizar a sociedade para combater o drama que afeta milhares de famílias brasileiras. A meta é envolver o maior número de pessoas e instituições para dar apoio e estímulo a quem perdeu os seus filhos.

(Roberta Paraense / Diário do Pará)

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