O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, pode estar com os dias contados no governo do presidente Jair Bolsonaro, que, após discussões, cancelou as agendas previstas para esta quarta-feira (13), entre elas a visita ao oeste do Pará do ministro da Secretaria-Geral, junto com os ministros Ricardo Salles e Damares Alves.

De acordo com informações, Bebianno informou, através de assessoria, que o cancelamento da agenda foi um pedido de Bolsonaro, que requisitou que todos os funcionários com assento no Planalto estejam em Brasília no dia de sua volta à capital.

Com o cancelamento, existe uma chance real do ministro ser ainda mais pressionado a pedir para sair do atual governo, que está sob os holofotes após a reportagem da Folha revelar que o grupo do atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), criou uma candidata “laranja” em Pernambuco para receber do partido R$ 400 mil de dinheiro público nas últimas eleições.

A respeito da denúncia, Bebianno afirmou estar tranquilo porque “a minha parte está feita com perfeição” e garantiu, “as contas foram aprovadas pelo TSE”. Na reportagem, ele disse também que não era de competência do diretório nacional acompanhar a escolha de candidatos, tampouco a distribuição de recursos nos estados, mas sim uma atribuição regional.

"A escolha dos candidatos, a disponibilização das legendas para candidatos a deputado estadual, deputado federal, senador e governador é de responsabilidade de cada estado", disse. "A responsabilidade cível e criminal é bem dividida. É dos diretórios regionais. A mim competiu trabalhar para eleição do presidente. Para eleição dos deputados estaduais, federais, senadores e governadores, cada diretório montou sua chapa e conduziu”, concluiu.

(Folhapress)