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Seis pessoas são presas suspeitas de fraudes no IPVA
08/10/2020 05:38 em Notícias

Hackers invadiam contas pagavam a totalidade do IPVA e cobravam depois 50% a 70% do valor pago em uma conta hackeada

 

Por: Alessandra Gonçalves/Diário do Pará em Marabá

 

Seis pessoas foram presas em Marabá, Sudeste do Estado, nesta quarta-feira (7) suspeitas de envolvimento em fraudes no pagamento do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Os mandados de prisão foram expedidos pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), no âmbito da Operação “Pirata Virtual”.

 

As diligências apuraram que agenciadores cooptavam proprietários de veículos de luxo, oferecendo quitação de débito do imposto com percentuais de descontos que variavam de 30 a 50%. O pagamento do débito era realizado através de invasão de contas bancárias.

 

A delegada Rafaella Cabral, que integra a DECORD (Divisão de Repressão à Corrupção e ao Desvio de Recursos Públicos), da Polícia Civil do Pará, esteve à frente dos cumprimentos dos mandados em Marabá.

 

Ela explicou que a investigação começou no estado do Paraná, em fraudes em pagamentos de boletos do IPVA, de pessoas que tinham veículos de luxo para não pagar o valor alto do imposto.

 

“Os hackers invadiam contas de empresas, de outras pessoas, pagavam a totalidade do IPVA e cobravam depois desses proprietários dos veículos 50% a 70% do valor pago com uma conta hackeada”, explicou.

 

Segundo a polícia, cinco dois seis presos em Marabá eram responsáveis por fornecer as contas bancárias para fazer a lavagem do dinheiro. Ou seja, os hackers solicitavam que os proprietários dos veículos depositassem o pagamento em outras contas.

 

DILIGÊNCIAS

 

Os agentes de segurança apuraram também o envolvimento de despachantes. Mesmo sem indícios de que ofereciam o benefício aos seus clientes, eles se valiam dos serviços prestados de pagamento do IPVA para utilizar a fraude.

 

Foram analisados 27 IPVA's, quitados por duas contas distintas, sendo uma do Rio Grande do Norte e outra da Bahia, nos anos de 2017 e 2019, totalizando R$ 87,9 mil.

 

Para dar ainda mais credibilidade a prática criminosa, os indivíduos cobravam dos proprietários o valor referente a quitação do débito somente após baixa no sistema, comprovando o pagamento. A Polícia Civil informa que as investigações continuam.

 

A operação contou com a participação de mais de 20 policiais do Pará e apoio da Core (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais). Os presos vão responder por associação criminosa e furto qualificado mediante a fraude. Eles ficaram de ser ouvidos por vídeoconferência.

 

BALANÇO

 

No total, foram cumpridos 31 mandados judiciais. Os policiais civis cumpriram de forma simultânea, 16 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão, a maioria em cidades paranaenses, entre elas Curitiba, Foz do Iguaçu, Paranavaí e Umuarama.

 

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