A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) do Ministério da Saúde (SUS) publicou a abertura da consulta pública nº 621, disponível até 14 de dezembro, para a manifestação da sociedade civil a respeito da ampliação do uso de secuquinumabe como primeira etapa de terapia biológica para o tratamento da psoríase em pacientes adultos no SUS.

Os tipos de tratamento para psoríase podem ser de uso tópico (pomadas e cremes), oral (sintéticos), fototerapia ou imunobiológicos (injetáveis), que irão variar de acordo com a gravidade da doença2,3. O paciente deve sempre verificar com o médico qual é opção é mais adequada para seu caso e qual trará mais qualidade de vida.

Atualmente o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) contempla apenas a molécula adalimumabe como tratamento biológico de primeira linha de tratamento para acesso via SUS. Outras opções de medicamentos biológicos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), como secuquinumabe, encontram-se em etapa posterior.

Na prática, isso significa menos autonomia para o médico no momento de indicação do tratamento biológico para pacientes de psoríase grave. "Cada paciente tem um perfil individual de estilo de vida e resposta imunológica que influenciam na manifestação da Psoríase e, consequentemente, na escolha do tratamento. Para os casos graves, quando o tratamento biológico é indicado, é fundamental contar com diferentes opções de terapias", explica o dermatologista do Sírio Libanês e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Wagner Galvão.

Somente no Brasil, cinco milhões de brasileiros sofrem com a psoríase que deixa marcas muito além da manifestação na pele4. De acordo com dados da pesquisa CLEAR, o impacto da psoríase é muito grande, pois 96% dos pacientes afirmam já terem sofrido humilhações e descriminação e outros 64% que apresentam alguma condição psicológica como depressão e ansiedade, por causa da psoríase5.

População pode manifestar sua opinião até 14 de dezembro

Para que secuquinumabe também possa ser fornecido como primeira linha de tratamento, juntamente com adalimumabe, a sociedade civil pode participar por meio da contribuição individual via site da CONITEC até 14 de dezembro1. Na página, o cidadão pode acessar o relatório da Comissão com todas as informações técnicas sobre a consulta em questão antes de manifestar sua opinião.

Para participar, é simples, confira o passo a passo abaixo:

1. Acesse o site da CONITEC (www.conitec.gov.br);
2. Clique em ‘Consultas Públicas’ no menu lateral esquerdo;
3. Localize a Consulta Pública de número 62;
4. No campo contribuições, clicar em "Experiência ou opinião";
5. Preencher com seus dados pessoais nos campos 1 a 6;
6. Dê sua opinião com relação à recomendação preliminar no campo 7;
7. Caso queira complementar, você pode especificar sua experiência com o uso de medicamentos biológicos nos campos seguintes;
8. Clique em Gravar no rodapé da página e aguardar a tela de confirmação.