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Devastação ainda ameaça recursos naturais no Pará
05/12/2016 10:07 em Notícias

ao longo dos seus 70 anos de existência. Alguns dos mais recorrentes são temas relacionados ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. Geralmente, são dados alarmantes que preocupam não só quem vive na região, mas também ambientalistas, Organizações Não Governamentais (ONGs), comunidades e governos. Constantemente, o jornal noticia boletins com os números da devastação, principalmente os emitidos pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Instituto atua com políticas ambientais por meio de análises sobre cenários de devastação e seus impactos potenciais.

Em julho deste ano, o Imazon divulgou mais um boletim com dados nada animadores. Houve um aumento de 51% no desmatamento no Estado de agosto de 2015 a junho de 2016. Foram 966 km², se comparado ao índice registrado no mesmo período anterior – de 492 km². Embora os dados sejam preocupantes, a dinâmica do desmatamento ainda se concentra na região oeste do Estado, ao redor de Novo Progresso e Castelo dos Sonhos, principalmente em áreas federais. Nas áreas estaduais, o principal foco ocorre na APA Triunfo do Xingu, que fica entre São Félix do Xingu e Altamira.

Outro aliado no enfrentamento dos problemas relacionados ao desmatamento na Amazônia é o Programa Municípios Verdes (PMV), criado pelo Governo do Pará, em 2011. O programa foi desenvolvido em parceria com municípios, sociedade civil, iniciativa privada, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é o de combater o desmatamento no Estado, fortalecer a produção rural sustentável por meio de ações estratégicas de ordenamento ambiental e fundiário e também de gestão ambiental.

Para Justiniano Neto, secretário extraordinário do PMV, o programa, em parceria com outros órgãos, como o Imazon, por exemplo, trabalha para inovar e implantar novos instrumentos de incentivos e apoio à conservação ambiental, “sem obviamente, descuidar da fiscalização, que sempre será necessária para uma pequena minoria que insiste nas práticas de desmatamento ilegal”.

Em relação ao PMV, o maior desafio, segundo ele, é o de conseguir atender e engajar todos os municípios participantes e, ao mesmo tempo, inaugurar uma agenda de incentivos econômicos para a conservação ambiental. “Precisamos, cada vez mais, de benefícios concretos para os produtores rurais que fazem a boa gestão dos seus negócios”.

Como parte fundamental na divulgação de dados que envolvam a Amazônia, ao completar 70 anos, tem sua importância, afirma o secretário. “O veículo tem sido um grande promotor e divulgador das políticas de sustentabilidade e boa gestão pública nessa área. Através da Revista Municípios Verdes e de várias outras matérias sobre o tema, tem disseminado a informação e as boas práticas na agenda socioambiental paraense, contribuindo de forma qualificada com o programa”, disse.

Ainda segundo Justiniano, a continuidade da parceria é fundamental. “Cada vez mais é preciso informar a sociedade em geral e os gestores públicos em particular, da importância em priorizar e construir políticas públicas que apoiem modelos de desenvolvimento sustentáveis. Temos vários exemplos e caminhos a seguir, muitos dos quais tem sido retratados de forma brilhante ”, finaliza.

DESTAQUE

Em outubro as ações na área ambiental desenvolvidas pelo Pará foram destaques escolhidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para apresentação em seminário sobre a gestão do Fundo Amazônia, em Oslo, na Noruega. O encontro anual reúne doadores, investidores, gestores e especialistas para acompanhar os resultados dos projetos apoiados pelo fundo. O Pará foi chamado para apresentar o avanço realizado no fortalecimento da gestão ambiental local, através da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Programa Municípios Verdes (PMV) e com o aumento nos índices do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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