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Restaurantes da região Nordeste são os mais impactados pela pandemia
06/05/2021 21:50 em Notícias
Faturamento dos estabelecimentos registrou queda de 36,3% quando comparado ao mesmo período de 2019

O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias da região Nordeste registrou queda de 36,3% em março, enquanto a média nacional foi de -34,2%, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Os dados, calculados a partir da comparação com o mesmo período de 2019, mostram que, em contraponto, os supermercados continuam apresentando números positivos com aumento de 8,8% no valor gasto.

Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) mostram ainda retração de 46,9% na quantidade de vendas, impacto ainda maior que o observado em fevereiro (-36,4%). Somado a isso, o número de estabelecimentos comerciais que efetivaram transações também foi inferior ao observado no mesmo mês de 2019 (-18%). Adotando como parâmetro o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as outras regiões mais impactadas em março foram: Centro-Oeste (-35,2%) e Sul (-34,3%).

"Esses números são reflexo do agravamento da pandemia em todo o país, acompanhado da reinstituição de medidas restritivas sobre o funcionamento de estabelecimentos como bares e restaurantes", destaca Cesário Nakamura, presidente da Alelo.

Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de março indicam que o segmento encerrou o período com queda de 8,6% na quantidade de vendas, tendo como base o mesmo período de 2019. Já o número de estabelecimentos que realizaram pelo menos uma venda registou alta de 8,4%.

Segundo os pesquisadores da Fipe, os últimos resultados provam que o comportamento positivo do consumo em supermercados repercute o padrão já observado em períodos de agravamento da pandemia, com aumento do valor gasto e do número de estabelecimentos que efetivaram vendas, em paralelo à redução na quantidade de transações.

Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional. Além disso, é importante assinalar que a escolha do ano de 2019 para o cálculo dos impactos do consumo se dá pelo fato de que esse ano foi a última referência completa de um período dentro da normalidade da atividade econômica, que ocorreu antes da pandemia.

Metodologia dos índices

Todos os índices foram elaborados e depurados com base em critérios estatísticos para garantir a consistência e a interpretação dos resultados ao longo do tempo:
 Amostra: todos os índices são calculados a partir de dados diários de transações realizadas em estabelecimentos comerciais distribuídos por todo o território nacional, entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de março de 2021.

 Valores atípicos: para evitar oscilações nos índices decorrentes de eventuais entradas ou saídas de empregadores de grande porte na base de dados, observações associadas a empresas que se enquadram nesses critérios foram desconsideradas nos cálculos.

 Sazonalidade: foram adotados os seguintes procedimentos para mitigar a influência de fatores sazonais: (i) cálculo de média móvel de 7 dias (dados do dia observado e dos 6 dias anteriores a ele), eliminando assim os efeitos dos dias úteis e finais de semana sobre as séries; (ii) identificação e filtragem de fatores sazonais relacionados ao comportamento das séries em dias específicos dentro de cada mês (1º dia, 5º dia, 10º dia...), por conta do calendário de recarga e distribuição temporal do uso dos benefícios nos estabelecimentos no período.

 Inflação: os dados relativos ao consumo em valor foram deflacionados com base na variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 Influência de outros fatores: os impactos apresentados não excluem a influência de fatores, eventos e políticas coincidentes com a pandemia sobre o comportamento e hábitos de consumo da população ao longo do período de análise. Todavia, levando-se em conta o caráter inesperado das medidas restritivas instituídas a partir de março, na maior parte das grandes cidades, bem como o padrão comportamental dos índices nos anos precedentes, é possível relacionar as variações atípicas observadas no comportamento das séries à pandemia da Covid-19.

 Frequência: todos os índices são apresentados com frequência diária para todo o período disponível da amostra, tendo por referência inicial (base 100) a média diária em janeiro de 2018. Os impactos calculados estão disponíveis para todos os dias, quinzenas e meses de 2020.

 Recorte geográfico: os impactos - apresentados como percentuais de variação dos índices em relação à média observada em 2019 - consideram os seguintes recortes: (i) média nacional (Brasil); (ii) Médias das 5 regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste); (iii) Média dos 26 estados e Distrito Federal (27 unidades federativas).
 
Sobre a Fipe
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - Fipe é uma organização de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 1973. Entre seus objetivos está o apoio ao Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Possui, hoje, destacada atuação nas áreas de ensino, projetos, pesquisa e desenvolvimento de indicadores econômicos e financeiros.

Sobre a Alelo
A Alelo é uma empresa especializada em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos, atuando nos segmentos de alimentação, cultura, transporte e saúde. Com mais de dezessete anos de história, é, desde 2013, líder no setor de benefícios pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), da Secretária do Trabalho no Ministério da Economia. 
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