Sobe o número de mortos para 9 após o desabamento da ponte de Estreito, outras 8 pessoas continuam desaparecidas.
Escrito por Henrique Gonzaga em 27 de dezembro de 2024
Sobe o número de mortos para 9 após o desabamento da ponte de Estreito, outras 8 pessoas continuam desaparecidas.
O corpo de mais uma das vítimas do desabamento da ponte da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, foi localizado na ultima quinta-feira (26). A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA). Com isso, o número de mortes confirmadas chega a 9, enquanto 8 pessoas continuam desaparecidas.
De acordo com o CBMMA, o corpo da nona vítima foi localizado por moradores da região, no fim da quinta-feira (26), fora da área de mergulho, a aproximadamente 6 km do local do desabamento. Ainda não há informações sobre a identidade da vítima.
A ponte, na BR-226, desabou na tarde do último domingo (22). Além de localizar os corpos, nessa quinta, os mergulhadores da Marinha do Brasil também localizaram um caminhão, que estava carregado de ácido sulfúrico, uma moto e uma caminhonete, que estão submersos nas águas do Rio Tocantins.
Outras Vítimas Localizadas
Na terça-feira (24), os bombeiros do Maranhão encontraram o corpo de uma garota de 11 anos no rio. Ela estava em um caminhão transportando portas de MDF, vindo de Dom Eliseu, Pará. Por volta das 9h, a Secretaria de Segurança Pública informou que localizaram o corpo do motorista do caminhão que carregava defensivos agrícolas. Mais tarde, às 11h20, também encontraram o corpo da motorista do veículo que transportava ácido sulfúrico.
Anteriormente, no domingo (22), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) encontrou o corpo de uma mulher, confirmando que ela era natural de Estreito (MA) e morava em Aguiarnópolis (TO). E também, moradores resgataram com vida um homem de 36 anos e o levaram ao hospital de Estreito. Já na quarta-feira (25), descobriram os corpos de um homem de 43 anos e de uma mulher de 53 anos. Finalmente, na manhã de quinta-feira (26), mergulhadores encontraram mais duas vítimas, mas não conseguiram confirmar suas identidades devido às condições inseguras para retirar os corpos da água.
Sobre os Tanques de Substâncias Químicas
Os tanques dos três caminhões que caíram no Rio Tocantins, após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, transportando 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas, estão intactos e o risco de vazamento e contaminação do meio ambiental é mínimo.
O supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Caco Graça, confirmou a informação na quinta-feira (26). Caco Graça afirmou que, durante a remoção do material contaminante, uma quantidade mínima de produtos químicos pode entrar em contato com a água, mas sem risco significativo para a vida humana e o meio ambiente.
Caco Graça afirmou que, segundo a Agência Nacional de Águas, mesmo que toda a carga vazasse no rio, não haveria prejuízo à vida humana devido à diluição.
No entanto, ele destacou que haveria contaminação local, causando alteração de pH e a morte da biota local. Portanto, ele recomenda que as pessoas não se aproximem do local, mesmo com embarcações. Ele mencionou que pode haver vazamento durante a retirada, mas o risco de contaminação e impacto ambiental é pequeno.
Plano de Remoção do Material Contaminante Após Buscas Pelas Vítimas
O supervisor de Emergência Ambiental explicou que, após o término das buscas pelas vítimas, a equipe implementará um plano específico para retirar o material contaminante.
Além disso, Caco Graça afirmou que muito provavelmente as equipes irão retirar o material contaminante primeiro, seguido pelos caminhões e outros veículos. Entretanto, este é um processo complexo que requer uma equipe técnica especializada, já presente no local, envolvendo duas empresas.
Portanto, toda essa articulação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente integra um plano de atendimento a emergências, com ações realizadas com extremo cuidado.
Ademais, Caco Graça destacou que as pessoas devem evitar contato com embalagens nas imediações do Rio Tocantins. Se encontrarem algum material, especialmente bombas de vinte litros com herbicidas, comuniquem as empresas no posto de comando ou um responsável, para remoção segura, acrescentou ele.
Fonte: G1