Vale e UFMG Firmam Parceria para Impulsionar Economia Circular na Mineração.

Aliança entre Vale e UFMG visa desenvolver soluções inovadoras para a mineração circular. | Foto: Vale/Divulgação

Criação do Colab de Mineração Circular

No dia 15/04 a mineradora Vale firmou uma aliança estratégica com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para impulsionar soluções de economia circular voltadas à mineração. A colaboração visa tornar a produção de minério de ferro mais sustentável e gerar benefícios sociais e econômicos amplos.

Nesse sentido, como parte do acordo, a Vale investirá cerca de R$ 6 milhões na criação do Colab de Mineração Circular, um espaço dedicado à inovação e à criação de negócios tecnológicos. Por isso, o foco será desenvolver iniciativas que reutilizem rejeitos, estéreis e outros resíduos da mineração.

Meta de Produção Sustentável Até 2030

Nesse sentido, segundo o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, essa parceria representa um marco importante para o futuro da empresa e do setor mineral. Dessa forma, a companhia pretende que, até 2030, 10% de sua produção venha de fontes circulares. Além disso, ele destaca que a colaboração com a UFMG trará conhecimento acadêmico essencial, bem como engajará a sociedade e os empreendedores locais.

Ambiente de Inovação Aberto e Colaborativo

Por isso, o Colab será um ambiente colaborativo e aberto à participação de universidades, empresas, startups, governo, fundos de investimento e comunidades, formando, assim, um ecossistema inovador e integrado. Nesse sentido, os próximos passos incluem a estruturação da iniciativa e a busca por parceiros para novos negócios em mineração circular.

Benefícios Acadêmicos e Formação de Engenheiros

Para o vice-reitor da UFMG, professor Alessandro Moreira, a parceria também trará benefícios à formação acadêmica, fortalecendo a ligação entre indústria e educação na engenharia.

Avanços na Sustentabilidade da Produção

Em 2023, a Vale reaproveitou 12,7 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de resíduos. A meta é que 10% da produção brasileira venha de fontes circulares até 2030. O vice-presidente técnico da empresa, Rafael Bittar, reforça que os investimentos em P&D visam reduzir rejeitos e a necessidade de barragens, com ganhos econômicos, ambientais e sociais.

Programa Waste to Value

A Vale conduz diversas iniciativas por meio do programa Waste to Value, que reúne mais de 100 projetos voltados ao melhor aproveitamento de recursos minerais — reintroduzindo resíduos no ciclo produtivo ou transformando-os em novos produtos.

Redução de Rejeitos e Desenvolvimento de Coprodutos

O programa tem como foco reduzir a geração de rejeitos e desenvolver coprodutos como areia e blocos para construção civil. Em 2023, as ações do Waste to Value evitaram a emissão de 23 mil toneladas de CO₂ equivalente.

Exemplos Reais de Economia Circular

• Minas Gerais: reaproveitamento de material das pilhas de estéril da mina Serrinha durante o processo de descaracterização.

• Pará: reaproveitamento de 138 milhões de toneladas de rejeitos da barragem de Carajás.

• Agera e a Areia Sustentável

A Vale fundou a empresa Agera, que já comercializou mais de 2 milhões de toneladas de areia sustentável produzida a partir do tratamento de rejeitos.

Fábrica de Blocos em Itabirito (MG)

Na mina do Pico, em Itabirito (MG), a Vale mantém uma fábrica de blocos que transforma rejeitos em materiais de construção usados em obras sociais e internas da companhia.

Fonte: Revista Mineração e Sustentabilidade