Votação na Alepa resultou em confronto com spray de pimenta e balas de borracha contra professores e servidores em Belém.
Escrito por Henrique Gonzaga em 19 de dezembro de 2024
Votação na Alepa resulta em confronto com spray de pimenta e balas de borracha contra professores e servidores em Belém.
Policiais dispararam balas de borracha e usaram spray de pimenta contra professores e servidores do Estado durante protesto na quarta-feira de ontem (18) em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), em Belém. Eles protestavam contra a votação, em regime de urgência, do PL 729/2024, proposto pelo governador Helder Barbalho (MDB). Os deputados aprovaram o projeto com 10 votos contrários durante a 36ª sessão ordinária da casa, a última do ano.
As comissões de Justiça, Finanças e Educação da Alepa já tinham aprovado o PL anteriormente.
Durante a manifestação, balas de borracha atingiram dois professores, incluindo um no rosto, e, por isso, o Corpo de Bombeiros precisou socorrê-los. Além disso, manifestantes passaram mal durante o tumulto e servidores os ajudaram. Consequentemente, a polícia conduziu dois manifestantes à Seccional do Comércio.
Além do mais, este foi o segundo dia consecutivo de protestos na Alepa. Na terça-feira, servidores protestaram contra a possível extinção da Fundação Cultural do Pará (FCP) e da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa).
Ademais, o grupo se opõe às reformas que revogam leis e gratificações, incluindo a modificação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e a possível extinção do Estatuto do Magistério.
Resposta do governo
Em nota, a PM afirmou que acionou seus agentes para garantir o acesso dos deputados estaduais, que manifestantes impediam de entrar no prédio da Alepa para participar da Sessão Ordinária da ultima quarta-feira (18).
Mesmo após tentativas de diálogo, manifestantes arremessaram objetos contra os deputados e os agentes de segurança presentes. A PM, então, reagiu com medidas de contenção para garantir a ordem e o direito de ir e vir de todos.
Fonte : G1 Pará