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Batedores de Açaí ameaçam entrar em greve e exigem maior fiscalização nas feiras.

Written by on 28 de março de 2025

Batedores de Açaí ameaçam entrar em greve e exigem maior fiscalização nas feiras.

Barqueiros-e-Batedores-de-Açaí | Foto: Carmem-Helena/O Liberal


Batedores de Açaí Ameaçam Greve por Fiscalização nas Feiras

Na quinta-feira (27), os batedores de açaí de Belém anunciaram que estão se mobilizando para uma possível greve geral a partir de 1º de abril, exigindo maior fiscalização na comercialização do fruto nas feiras da cidade. A principal reivindicação da categoria é a presença da Secretaria Municipal de Economia (Secon) para assegurar que os paneiros de açaí sejam vendidos com um padrão uniforme.

Na última semana, o batedor e representante da Associação da Cadeia Produtiva do Açaí (Acepab), Rochinha Júnior, reuniu-se com membros da Secon para discutir a situação. Agora, os trabalhadores aguardam um posicionamento da prefeitura para definir se a paralisação será realizada.

Tensão Entre Barqueiros e Batedores

Nos últimos meses, a relação entre barqueiros e batedores de açaí tem se tornado cada vez mais tensa. O motivo principal são as acusações de que os barqueiros estariam esvaziando propositalmente os paneiros antes da comercialização.

Embora uma reunião anterior na Feira do Açaí tenha terminado de forma pacífica, a falta de fiscalização contínua reacendeu o descontentamento entre os comerciantes. Como consequência, a categoria agora reforça a necessidade de uma lei municipal que regulamente a medição dos paneiros na capital paraense. Até o momento, a Secon ainda não se pronunciou oficialmente sobre as reivindicações.

Busca por uma Regulamentação Oficial

Segundo Rochinha Júnior, as discussões sobre a criação de um marco legal para regulamentar a comercialização do açaí já vêm sendo debatidas desde a gestão municipal anterior. A categoria firmou um acordo prévio, mas, com a troca de administração, agora busca retomar as negociações e agilizar a implementação da fiscalização.

Além disso, o representante destaca que a mobilização conta com o apoio da maioria dos feirantes e comerciantes, que enxergam a regulamentação como uma necessidade urgente para garantir maior transparência no setor.

Divergências na Comercialização do Açaí

Outro ponto levantado pelos batedores é a falta de padronização na venda do açaí. Enquanto as indústrias compram os paneiros já pesados conforme a legislação vigente, os feirantes ainda enfrentam um mercado sem regras bem definidas.

De acordo com Rochinha, um paneiro deve conter 30 kg no total, sendo 28 kg do fruto e 2 kg referentes à embalagem. No entanto, sem a fiscalização adequada, os feirantes acabam comprando os paneiros sem um peso fixo, o que prejudica tanto os comerciantes quanto os consumidores.

“A lei de comercialização exige que qualquer fruto vendido em massa seja pesado, como acontece nos supermercados. No entanto, o açaí segue sendo comercializado sem essa padronização, o que impacta diretamente os preços e os consumidores finais”, reforça Rochinha.

Impacto da Greve e Obras na Feira do Açaí

Se confirmada, a paralisação seguirá os moldes da greve do ano passado, quando os batedores bloquearam as entradas da Feira do Açaí, interrompendo a comercialização do fruto. No entanto, desta vez, as obras de revitalização em andamento na feira podem facilitar a mobilização, já que grande parte do espaço está isolada.

Além disso, a escolha da data para a possível paralisação não foi aleatória. Ela coincide estrategicamente com a reabertura da Feira do Açaí após as reformas, o que pode aumentar ainda mais o impacto da mobilização.

Fonte: O Liberal


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