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Câmara aprova emenda que prevê castração química para condenados por crimes sexuais.

Escrito por em 13 de dezembro de 2024

Câmara aprova emenda que prevê castração química para condenados por crimes sexuais.

Foto: Câmara e Senado: fachada do prédio do Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios no dia 4 de julho de 2017 – Edilson Rodrigues/Agência Senado


A Câmara dos Deputados aprovou, nesta ultima quinta-feira (12), o Projeto de Lei 3976/20, que cria um cadastro público com informações de condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Os parlamentares aprovaram uma emenda que estabelece a castração química para pedófilos.

A emenda foi aprovada por 267 votos a favor e 85 contra, apesar da posição contrária ao do governo. Partidos como PL, Novo e apoiaram a proposta. Agora, o projeto segue para análise do Senado Federal, que pode alterar ou manter o texto aprovado pela Câmara.

A emenda que prevê a castração química para condenados por pedofilia foi sugerida no plenário da Câmara, mas rejeitada pela relatora Delegada Katarina (PSD-SE). A deputada explicou que, embora concorde com a emenda, decidiu rejeitá-la para não comprometer a aprovação do cadastro público de abusadores.

Houve um requerimento de destaque, resultando em uma votação para incluir a emenda no projeto, contrariando a decisão da relatora.

Os deputados debateram a proposta por mais de uma hora, com discussões acaloradas e acusações. Aqueles que votaram contra a emenda argumentaram que a castração química não reduz os casos de pedofilia e poderia dificultar a aprovação do cadastro de condenados. Por outro lado, os defensores da emenda afirmaram que priorizam os direitos das crianças e adolescentes, em vez de proteger criminosos.

SOBRE O TEXTO

O projeto aprovado modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente para instituir um “registro de pedófilos”.  Disponibilizarão as informações do réu, incluindo fotografia, nesse registro na internet após a condenação, sob a responsabilidade do Conselho Nacional de Justiça.

A emenda, apresentada e incorporada no plenário, adiciona novos parágrafos à lei para aplicar a castração química juntamente com as penas já estabelecidas para crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

O texto prevê que a castração será realizada por meio de medicamentos que reduzem a libido, conforme regulamentado pelo Ministério da Saúde e respeitando as contraindicações médicas.

De acordo com o projeto, a castração química será uma punição adicional às penas de prisão ou detenção para diversos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Aplicarão essa medida a criminosos condenados por crimes como:

  • Gravar, vender, comprar, divulgar ou simular cenas de sexo com menores
  • Aliciamento de menores
  • Estupro de vulnerável
  • Prostituição infantil

O texto estabelece que o governo realizará a castração química para condenados definitivos por meio de medicamentos, seguindo regulamentações futuras do Ministério da Saúde.

SENADO E PROJETO DE LEI SIMILAR

Em maio deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado também aprovou um projeto semelhante. Eles enviaram o texto à Câmara, mas até agora não houve progresso na Comissão de Saúde.

Os senadores aprovaram a proposta, que não restringe a castração aos condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Pelo texto, o tratamento hormonal químico e oferecido como alternativa para criminosos reincidentes em crimes contra a liberdade sexual.

Além disso, a castração não seria obrigatória, conforme o projeto. Ela seria opcional e permitiria uma mudança no regime de cumprimento da pena.

Fonte: G1


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