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Forças de Segurança organizam operação de desintrusão e combate a garimpos ilegais em Cumaru do Norte.

Written by on 31 de março de 2025

Forças de Segurança organizam operação de desintrusão e combate a garimpos ilegais em Cumaru do Norte.


Mobilização do Exército em Cumaru do Norte

Na tarde de sexta-feira (28), uma intensa atividade do Exército Brasileiro despertou a curiosidade da população em Cumaru do Norte, no Sul do Pará. Essa operação já estava em andamento em Redenção, onde as Forças Armadas alugaram um antigo supermercado. Acredita-se que essa mobilização seja parte de uma preparação para uma grande ação de desintrusão na terra indígena Kayapó, como parte do cumprimento do “Plano das Sete Terras Indígenas”.

O Plano das Sete Terras Indígenas

Lançado em 2021, o Plano das Sete Terras Indígenas tem como objetivo a remoção de não-indígenas de sete territórios afetados por atividades ilegais, como garimpos, desmatamento e criação não autorizada de gado. No entanto, apesar da criação do plano, as autoridades realizaram poucas ações concretas até agora. Além disso, após a operação de desintrusão em Apyterewa, em São Félix do Xingu, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que o governo retomasse o plano com urgência.

Ação do STF e Organização do Governo Federal

A determinação, emitida pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, foi aceita pelo Governo Federal, que, consequentemente, começou a se organizar para cumprir a ordem. Além disso, as autoridades deveriam planejar as operações a partir de 9 de novembro de 2023. No contexto do plano, o Pará incluiu as terras indígenas Kayapó, Trincheira-Bacajá e Munduruku. Ademais, também estão contempladas as terras Yanomami (Roraima e Amazonas), Karipuna (Rondônia), Uru-Eu-Wau-Wau (Rondônia) e Araribóia (Maranhão).

Terras Indígenas e População

A Terra Indígena Kayapó abrange 3.284.000 hectares, distribuídos entre os municípios de São Félix do Xingu (50,66%), Ourilândia do Norte (37,29%), Cumaru do Norte (12%) e Bannach (0,51%). Nessa área, residem mais de 4,5 mil indígenas da etnia Kayapó, além do povo isolado do rio Fresco. Além disso, a Terra Indígena Trincheira-Bacajá, com 1.651.000 hectares, ocupa principalmente os municípios de Senador José Porfírio (51,10%), Anapu (31,31%) e São Félix do Xingu (14,32%), onde vivem 750 indígenas dos povos Kayapó e Xikrin. Por outro lado, a Terra Indígena Munduruku, com 2.382.000 hectares, está majoritariamente em Jacareacanga (98,68%) e Itaituba (2,06%), abrindo espaço para 6,5 mil indígenas dos povos Apiaká e Munduruku.

Operações Contra Atividades Ilegais

A TI Kayapó tem sido alvo frequente de operações contra garimpos ilegais, desmatamento e poluição das águas. De acordo com o Plano das Sete Terras Indígenas, as ações visam remover todos os não-indígenas da região e erradicar as atividades ilegais, além de implementar medidas para evitar o retorno desses crimes. Com a mobilização atual, é provável que a maioria dos envolvidos já tenha deixado a área.

Investigação e Criminalidade

Nos últimos meses, as operações contra o garimpo focaram a TI Kayapó e as áreas ao redor de Cumaru do Norte e Redenção, levando a investigações da Polícia Federal nas cidades onde os suspeitos residiam. Além disso, diversos crimes, como homicídios e tráfico de drogas, foram registrados, frequentemente associados a garimpeiros clandestinos.

Fonte: Fato Regional


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