Gripe aviária: Brasil suspende exportações de frango para 16 países e União Europeia

Foto: (Reprodução / Istock)

Gripe aviária: Confirmação de foco no RS afeta comércio internacional

Após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, o Brasil suspendeu as exportações de carne de frango e derivados para 16 países e a União Europeia. A medida, anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária na segunda-feira (19/05), segue protocolos sanitários internacionais e já impacta o comércio exterior do setor avícola.

Países bloqueiam produto brasileiro

Diversos países suspenderam completamente a importação de carne de aves do Brasil, entre eles México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Outros mercados, como China, União Europeia, Rússia, África do Sul e Peru, tiveram as certificações de exportação bloqueadas pelo próprio governo brasileiro, conforme acordos sanitários vigentes.

Alguns restringem apenas o RS

Nações como Cuba, Bahrein e Reino Unido restringiram as importações somente ao estado do Rio Grande do Sul. Outros países, como Singapura, Filipinas, Jordânia, Hong Kong, Índia, Paraguai e Vietnã, aplicaram restrições apenas à área afetada, sem prejuízos comerciais diretos, já que não há exportações partindo da região do foco.

Casos suspeitos são monitorados

O Ministério da Agricultura confirmou que, dos sete casos suspeitos da doença registrados em território nacional, três já foram descartados. O monitoramento continua em outras regiões para evitar a propagação do vírus.

Medidas preventivas incluem descarte de ovos

Em Minas Gerais, uma ação preventiva resultou no descarte de 450 toneladas de ovos fecundados. A medida visa conter possíveis focos do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade, reforçando a vigilância sanitária em estados produtores.

O que é a gripe aviária

A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa entre aves, causada por cepas do vírus influenza tipo A. Embora rara, a transmissão para humanos pode ocorrer e levar a sintomas graves, como febre, tosse e pneumonia. O maior temor das autoridades de saúde é a mutação do vírus, que poderia facilitar a transmissão entre pessoas e desencadear uma nova pandemia.

Prejuízos para a produção e a economia

A presença do vírus em granjas pode causar prejuízos severos à produção de carne e ovos. Altas taxas de mortalidade entre as aves e medidas sanitárias rigorosas, como o abate de plantéis e o descarte de produtos, afetam diretamente a economia do setor. Minas Gerais, um dos maiores produtores de ovos do país, está em alerta.

Governo intensifica vigilância e controle

O Ministério da Agricultura, em conjunto com governos estaduais, tem adotado ações de biossegurança, controle de tráfego de animais e educação sanitária junto a produtores. Doenças como newcastle, salmonelose e micoplasmose também estão sob vigilância epidemiológica reforçada.

Reação internacional e impacto no setor

Sendo assim, a suspensão das exportações por grandes compradores, como China e União Europeia, gerou preocupação no setor avícola. A medida, embora prevista em acordos, exige resposta rápida e eficaz do Brasil para preservar a imagem do produto no exterior e evitar danos prolongados ao mercado.

Desafios e futuro da avicultura brasileira

Logo, como um dos maiores exportadores mundiais de carne de frango, o Brasil enfrenta o desafio de conter a disseminação do vírus e recuperar a confiança dos mercados internacionais. Nesse sentido, especialistas destacam a importância da inovação em biossegurança e da cooperação entre governo e setor produtivo para garantir a sustentabilidade da cadeia avícola.

Fonte: Correio Braziliense