Crime ocorreu no dia 10 de abril deste ano em Augustinópolis; policial militar chegou a ser socorrido, mas as lesões causadas pela arma de fogo, e que resultaram na morte da vítima

O agente penal Leonildo Sousa Cruz, 28 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) pela morte de um policial e tentativa de homicídio de mais quatro pessoas, no dia 10 de abril deste ano, em um bar na cidade de Augustinópolis, 620 km de Palmas.

Segundo a 1° Promotoria de Justiça de Augustinópolis, como consta no inquérito policial, o denunciado, em pleno estado de consciência, por motivo fútil efetuou vários disparos de arma de fogo contra o policial Hudson Thiago Lima de Almeida, 27 anos, causando várias lesões e que resultaram na morte da vítima.

O acusado, segundo a denúncia, também efetuou vários disparos contra Ronaldo da Silva Macedo, causando graves lesões "que somente não resultaram na sua morte por circunstâncias alheias à vontade do denunciado", destacou o Ministério Público completando que a vítima foi socorrida e recebeu atendimento médico no hospital de referências da cidade.

O MP ressaltou que conforme as apurações, no dia 9 de abril passado, por volta das 20 horas, ocorria uma festa no bar, com aproximadamente 200 pessoas. No local, estavam presentes as vítimas, que são policiais militares do estado do Pará. Porém, em um dado momento, por volta das 00h30, Renê da Silva Macedo, irmão de Ronaldo da Silva Macedo, estava sentado na mesa quando Raimundo Vieira de Sousa, tio do acusado, aproximou-se de Renê e começou a "encará-lo" e iniciou um atrito "sem qualquer motivo aparente, pois-lhe dirigiu as seguintes frases: pra mim, tu é um nada, para mim, tu é um bosta".

Depois das palavras, conforme a denúncia, Ronaldo interveio e pediu que Raimundo se retirasse do local, porque não queria confusão.

Ainda segundo o MP, logo após, Raimundo retornou, na companhia de Leandro Sousa Cruz e de Leonildo Sousa Cruz, e caminhou diretamente para a mesa onde se encontravam a vítima Ronaldo e seu irmão Renê. Assim que Ronaldo viu que o trio se aproximava de seu irmão Renê, se colocou à frente dele para evitar o confronto, instante em que Leandro deferiu-lhe um soco no rosto, fazendo com que caísse sobre as mesas.

Conforme a denúncia, o inquérito da Polícia Civil apontou que o policial penal efetuou disparos de arma de fogo contra dois policiais militares também do Pará durante um evento festivo na cidade. As evidências colhidas mostram que o crime ocorreu após um atrito insignificante entre um familiar seu e o irmão de um dos policiais militares.

A denúncia também informou que o outro policial militar envolvido no caso teria realizado pelo menos três disparos para o alto para dissipar os presentes e dissuadir o atirador, após ser atingido pelo policial penal. O policial militar que morreu no local foi alvejado no chão logo após ter alcançado a sua arma de fogo, não chegando a produzir qualquer disparo.

Leonildo, que está preso na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPG), terá que responder à acusação por escrito, no prazo de 10 dias.

Fonte: jornal do Tocantins