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Indígenas de Altamira terão acesso a políticas agrícolas
05/11/2017 10:07 em Notícias

 As principais atividades nas oito aldeias contempladas são o extrativismo da castanha-do-pará e do látex e a pesca artesanal no rio Xingu, além de trabalho com açaí nativo e mandioca

 

No início de outubro, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Altamira, na região da Transamazônica, emitiu 50 Declarações de Aptidão (DAPs) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, para que indígenas das etnias Kararaô, Xikrin, Chipaia e Arara possam comercializar seus produtos diretamente para o governo ou com subsídios deste, por meio dos Programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A ação teve o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da empresa Unyleya.

 

Os documentos permitem que os indígenas também tenham acesso a todas as outras políticas públicas da agricultura familiar, como o crédito rural. As principais atividades nas oito aldeias contempladas são o extrativismo da castanha-do-pará e do látex e a pesca artesanal no rio Xingu, além de trabalho com açaí nativo e mandioca.

 

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Francisco Alexandre Queiroga, responsável pela ação, a inclusão dos indígenas nos mercados governamentais fortalece a cadeia produtiva e incentiva o desenvolvimento sustentável. “Hoje esses indígenas vendem sem garantia de preço mínimo ou contrato, o que gera instabilidade e prejuízos. Fornecer para a merenda escolar e para a Conab - Companhia Nacional de Abastecimento tem impacto positivo em todo o sistema de produção e melhora desde qualidade de vida até qualidade dos produtos em si”, resume.

 

Até o fim do mês, mais 80 DAPs para indígenas das mesmas aldeias devem ser emitidas.

 

 

Por Aline Miranda

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