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Empresa francesa investirá R$ 1 bilhão no Estado do Pará
04/04/2016 12:20 em Notícias

A criação de novos portos na região conhecida como Arco Norte (que reúne os Estados de Roraima, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Bahia) é a melhor alternativa logística para o escoamento da safra de grãos brasileira. É o que dizem os especialistas. O potencial é tão grande, que a gigante francesa da área de logística Louis Dreyfus Company (LDC) acaba de anunciar um projeto de R$ 1 bilhão para a instalação de um novo polo de exportação em território paraense.

Nem mesmo o adiamento do 2º leilão portuário de 2016, que vai ofertar 6 áreas no Estado do Pará e que estava previsto para ser realizado na última quinta-feira (31), muda essa visão dos técnicos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o adiamento por 30 dias ocorreu para que sejam respondidos 48 questionamentos ao edital, enviados por interessados e que são importantes para a elaboração das propostas.


MERCADO 

O atual momento político também é um item sensível aos investidores, segundo o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Fayet. Porém, afirma o técnico, nem a crise pode se sobrepor à necessidade de se enfrentar o risco real à exportação de grãos, por conta dos altos custos para se levar a carga da região Centro-Oeste aos portos do Sudeste e do Sul. Os especialistas também destacam como positiva a atuação do ministro do Portos, Helder Barbalho, visto como ótimo administrador e muito aberto a dialogar com o mercado. 

Estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam que o Arco Norte é de extrema importância para que o escoamento da produção traga mais agilidade e preços competitivos. E o Pará é uma saída estratégica para o sistema logístico brasileiro. Dos 10 eixos prioritários para a saída da produção regional, 5 têm como porta de saída o porto de Vila do Conde, em Barcarena, e terminais em Santarém e Belém. Segundo o gerente executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, o Arco Norte é uma quebra de paradigma na logística brasileira. 

“Este é um projeto de mais de 40 anos, que avança com o asfaltamento da BR-163, o que falta pouco para acontecer”, afirma. “É preciso ter vários portos no País, porque é neles que vivenciamos um estrangulamento de capacidade. Os gargalos estão nos portos e nas áreas de armazenagem”. O representante da CNI diz que áreas como Outeiro, por exemplo, já têm grandes empresas. Em um primeiro momento, serão exportados o milho e a soja. Depois, fertilizantes. 

Com a logística a pleno vapor, outros tipos de carga deverão usar o sistema, desde a produção tecnológica da zona franca de Manaus até alimentação. Pelo estudo da CNI, as obras têm potencial para reduzir o custo do frete em cerca de 30%, recuperando a competitividade de produtos brasileiros no mercado internacional. A expectativa é que os investimentos possam consolidar uma saída setentrional pelo Arco, pela proximidade com os Estados Unidos, a Europa e a Ásia, importantes destinos de produtos agroindustriais brasileiros.

(Fonte:Diário do Pará)

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